Início Jogos Análises Análise de VIT 0 X 0 OPE: De volta à realidade.

Análise de VIT 0 X 0 OPE: De volta à realidade.

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A expectativa era grande do torcedor rubro-negro. Depois da grande classificação com vitória por 3 a 1 para o Internacional no Beira-Rio, o torcedor do Leão esperou que, enfim, chegaria o primeiro triunfo na série B. Mas ele não veio.

O Vitória apenas empatou sem gols com a equipe do Operário de Ponta Grossa (PR) e estacionou na incômoda 14ª colocação na série B do Brasileiro, com dois pontos. O time de Ramon Menezes veio no 4-3-3 já mais comum desde a era Rodrigo Chagas e a produtividade continuou baixa do meio pra frente.

E o problema, dessa vez, não foi tanto o meio de campo. Gabriel Bispo e Pablo deram apoio ao camisa 10, Eduardo, que conseguiu distribuir bem o jogo enquanto esteve em campo. Mas os atacantes do Vitória não foram bem. Guilherme Santos, que brilhou contra o Inter, não fez um bom jogo, assim como Ygor Catatau.

Apesar de terem recebido bolas e serem acionados, as chances não chegaram aos pés do centrovante Samuel no primeiro tempo. Os lances de perigo vieram, mais uma vez, de chutes de fora da área com Eduardo e Roberto, que fez boa partida. Em uma das poucas oportunidades efetivas, Samuel recebe na área, faz o giro, mas chuta mal e sem muita direção.

Do lado defensivo, o Vitória de Ramon se portou melhor do que contra o Inter e acabou com a rotina de sofrer gols em todos os jogos. Desde o dia 28 de abril que o Vitória tomava gols em todas as oportunidades.

Na virada para o segundo tempo, mais uma vez, Ramon mexeu no time e tirou Eduardo e Ygor Catatau para entrada de Cedric e David, colocando o uruguaio Pablo Siles na armação das jogadas. O uruguaio teve melhor desempenho nessa posição do que como segundo volante, onde pareceu um pouco perdido no jogo em alguns momentos.

Foram dos pés de Pablo que se iniciaram as jogadas mais perigosas do Leão no segundo tempo. Primeiro, ele faz tabela com David, que chuta mal e não chega ao gol do Fantasma. Depois ele recebe no segundo pau e cruza para Samuel, que erra o tempo de bola e cabeceia para fora. Além desses lances, houve jogada de Cedric pela direita em que tabela com Raul Prata e chuta desajeitado para a fácil defesa do goleiro Thiago Braga.

Após esse bom momento do Leão, não convertido em gols, o técnico do Operário-PR faz mexidas e equilibrou novamente o jogo, forçando o Leão a colocar o lateral-esquerdo Pedrinho para cobrir as investidas pelo lado esquerdo da defesa rubro-negra.

Ainda tiveram as entradas de Soares e Dinei nos lugares de Samuel e Guilherme Santos. Mas, ambos, não tiveram muitas oportunidades no ataque rubro-negro. Final de jogo: 0 a 0 e um pouco de desânimo para quem achou que o Leão marcaria os primeiros três pontos na competição.

O que mudou?

Entre os pontos positivos da equipe de Ramon Menezes estão: defesa um pouco mais segura – não tomou gols, variações táticas durante o jogo – tanto neste quanto na partida contra o Inter, o treinador não esperou muito tempo para mudar, e o meio-campo apresenta um pouco mais de organização e posse de bola.

O que não mudou?

Os espaços para os meias adversários jogarem continuam, especialmente entre os zagueiros e os volantes do Leão. Os atacantes de beirada ainda oscilam muito durante o jogo e não buscam alternativas para que a bola chegue a uma boa conclusão. As peças do meio para frente ainda não mostram segurança e, com isso, a titularidade continua se revezando entre os bons e maus momentos dos atletas.

Agora, o Vitória já se prepara para enfrentar o Remo na quarta-feira (16), pela quarta rodada da Série B. Que Ramon possa ajustar os pingos nos is para que, enfim, o Leão possa reinar nos certames da divisão de acesso do futebol brasileiro. É esperar e torcer!


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