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Como não ser um técnico de futebol

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Técnico, treinador, PROFESSOR. Vamos ao dicionário e buscar o significado de comandante: “quem comanda. Chefe de tropas de qualquer força militar. Quem exerce chefia militar ou assemelhada. Quem exerce o comando de navio, aeronave ou espaçonave”. Após ser praticamente chutado pela torcida, imprensa e integrantes da diretoria do cargo de técnico do time principal, Jorginho finalmente abriu a boca e resolveu se posicionar sobre casos que aconteceram na Toca do Leão, diferente do que aconteceu durante estes três meses que ficou em Salvador. E, para variar, falou nada de novo.

Em entrevista ao Jornal Correio*, publicada pelo portal na manhã desta sexta-feira (22), o treinador ironizou e fez pouco caso da briga dos atletas, principalmente dos meias Luís Aguiar e Adriano, quando o comandante apenas “viu de longe” a discussão. “Por que vou me meter se não sou eu que pago? Sabia que não ia ficar a vida inteira aqui”, afirmou.

Aí eu me pergunto: não paga, mas é pago para direcionar, orientar e até mesmo segurar os ânimos do elenco. Jorginho, me desculpe, mas acho melhor você ficar calado. Esqueça que passou pelo Vitória, até porque o torcedor já não quer nem lembrar da vice-lanterna que o senhor deixou de herança para o clube. A meu ver, treinadores de futebol são verdadeiros psicólogos dentro da equipe. São eles que fazem os jogadores se animarem, ou até mesmo desistirem – como foi o caso do ex-técnico do Leão -.

Jorginho nunca foi unanimidade dentro da Toca, até mesmo nós, setoristas do clube, ouvíamos que “ele nunca deveria ter chegado”, “não tem padrão tático”, “é entregador de coletes”. Até campanhas foram feitas em veículos de comunicação para a saída, que não foi precoce, do “comandante”. Birrinhas estas que fizeram com que o ex-Vitória “pegasse ar”.

A passagem do pequeno Jorge foi rápida. Foram 10 jogos em três meses de Barradão. Por incrível que pareça, nenhuma partida foi satisfatória para a torcida. Talvez ele seja lembrado pela boa relação com a imprensa, as brincadeiras de última hora e em coletivas, mas para os rubro-negros, Jorginho sempre será sinônimo de mal futebol e de que graças a Deus durou pouco.


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