Há um ano estávamos lá, vestindo a camisa mesmo sem ter vencido. Cantando músicas de apoio ao time, mesmo querendo mudanças. Requerendo algo que era novo, mas que devia ser rotineiro. Há um ano estávamos lá mostrando que queremos voz dentro do Barradão.

Há um ano o Vitória se via em um dos piores momentos de sua história: eliminado de maneira vexatória pelo Colo – Colo dentro da Toca mesmo tendo a vantagem que o regulamento lhe contemplou. Há um ano choramos por democracia, por voz, por vergonha. Vergonha esta de ver o nosso time prestes a voltar a uma situação que o deixou na mais baixa das divisões em 2006. Tivemos voz aquele dia, mas há de um ano não temos decisão precisa em quantos anos a verdadeira democracia virá e nem como ela virá.

Era uma noite conturbada. Faixas, camisas e protestos marcavam aquele 23 de março de 2015. Diferente do que se é esperado dentro de um estádio de futebol, a torcida estava inconformada, estava necessitada por uma queda dentro do seu próprio time do coração. As promessas era as melhores. O rebaixamento era a realidade e a eliminação também. Foi o fim da picada para aqueles apaixonados, sócios ou não, que viram três dias antes uma equipe do interior aprontar dentro do nosso santuário.
Sem acesso a nossa casa, nos restou esperar. Esperar uma vitória através de uma derrota. Ela veio e foi o início de uma luz, que ainda espera a nossa chegada ao final do túnel.

“Vi- tó-ria! Vi-tó-ria!”, foi o cântico mais gritado naquele momento. O torcedor se sentiu fundamental não só nas conquistas, mas também nas derrotas. A democracia ainda não veio, mas aquele dia ficará para sempre na cabeça de todos os rubro-negros baianos.

Como nosso antigo hino declama, mostramos o nosso valor, não temos temor e estaremos com o Leão em qualquer lugar. Estamos com ele na terra, quanto mais no mar! O Esporte Clube Vitória sempre terá o seu pavilhão erguido por nós e nunca vamos temer uma represália. Pois não adianta ninguém tentar mudar, seremos rubro-negros até o final para nós chegar.


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