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Um ano de Vovô: críticas, elogios e carisma marcam aniversário no comando

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Presidente Raimundo Viana (Foto: Flávio Sande / Arena Rubro-Negra)
Presidente Raimundo Viana (Foto: Flávio Sande / Arena Rubro-Negra)

Carismático e querido por alguns e criticado por outros, o presidente Raimundo Viana completou no dia de ontem um ano no comando do Esporte Clube Vitória. Com altos e baixos, o “Vovô Mundico”, como é conhecido por boa parte da torcida, tem em seu currículo como presidente do Leão o acesso à Série A e a hegemonia em clássicos. Pouco para muitos, mas reconhecido por quem está dentro do clube.

Se os feitos não foram lá tão grandes assim, Viana se consolidou como dirigente pela sua paciência e prestatividade, seja lá com a imprensa ou com os torcedores. O início do seu mandato iniciou em meio a uma crise que parecia sem fim. Ele pegou uma equipe desmotivada pela eliminação do Campeonato Baiano de forma trágica e deu azar de na primeira semana de comando também ter o revés na Copa do Nordeste.

Questionado pela forma que tratava as situações, Raimundo Viana começou a reestruturar a base do futebol e dos esportes olímpicos. Contratou jogadores esquecidos nacionalmente e valorizou peças no elenco e dispensou alguns jogadores que eram alvos de protestos da torcida, um deles foi o atacante Neto Baiano, maior artilheiro da história do Barradão.

Em seu discurso, Mundico, carinhosamente chamado, sempre pregou a união. União essa que virou lema na campanha da Série B e que levou a equipe ao acesso, mesmo sem o título, o que foi prometido por ele mesmo e pelo seu vice-presidente Manoel Matos, outra peça questionada e elogiada até hoje pela sua ousadia e pelo seu “pulso firme” quando se tratava de assuntos relacionados ao clube.

Ao final da segunda divisão, Viana prometeu fazer com que o leonino tivesse orgulho de vestir rubro-negro. Orgulho esse que foi bastante abalado com as saídas de ídolos e jogadores destaques da campanha de 2015. A ida de Escudero para o Puebla, do México, se tornou um tiro no pé no carisma do mandatário, que sempre se apoiava em frases de incentivo aos que permaneceram e na promessa de grandes reforços.

Raimundo Viana também tem muito a agradecer ao seu fake nas redes sócias, o Vovô Mundico, que tanto provocou, alfinetou, elogiou e vangloriou o “seu” próprio trabalho. Apesar de birras no meio desse caminho, o original e o “falso” agora parecem caminhar juntos. Não há dúvidas de que essa divulgação gratuita ajudou no relacionamento com o torcedor.

Estamos no mês de abril e o presidente ainda não conquistou algo de expressão no time profissional, mas na base os títulos foram inúmeros, no basquete veio a novidade de participar da liga nacional, no futsal um título inesperado e no futevôlei o investimento, assim como no Remo.

O que o rubro-negro espera neste momento é que ao final do seu mandato Viana seja mais reconhecido pelas conquistas do que pelas baixas ou até mesmo pelo seu carisma. Futebol é bola na rede e torcedor é paixão, mas paixão pelo clube. Parabéns, Vovô!


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