Mais de 13 mil ingressos no primeiro dia de vendas dos bilhetes para a partida que tem tudo para marcar o acesso do Vitória à Série A neste ano. Muito bonito assistir a manifestação rubro-negra pelos locais que disponibilizam a compra aos torcedores e a tendência é que a procura só aumente.
Quem diria, não é, torcedor? Há seis meses estávamos chorando diversas eliminações traumáticas e até mesmo vergonhosas. Mas a nossa hora chegou. Como diz o próprio ditado: “quem ri por último, ri melhor”. Agradeço ao Colo-Colo por aquela eliminação histórica no Campeonato Baiano. Ela serviu para que tudo começasse a melhorar dentro e fora de campo. As quedas internas e dentro de campo só fizeram bem ao clube que desaprendeu a ser vencedor nos últimos anos e que viu o Barradão amargar diversas derrotas. Asa de Arapiraca e Ceará não tiveram a mesma importância, mas como toda e boa história de superação, o começar “do zero” é fundamental para que vestígios do passado não venham a atrapalhar no futuro.
E como não agradecer ao nosso grande rival Bahia? Ah, tricolor, muito obrigado. Você foi e vem sendo fundamental nesta virada de página em 2015. Além dos seis pontos “dados” no Campeonato Brasileiro que vão ser fundamentais nesta reta final, agradeço também pelas zoações e ainda mais pelas declarações dadas à imprensa durante este ano.
Quem não lembra do atacante Maxi Biancucchi parabenizando, de forma irônica, o Vitória por “ser sempre vice” após a goleada sobre o Conquista? Melhor ainda! Quem não se recorda do presidente visionário Marcelo Sant’Ana falando que “o maior time do Estado era o Bahia”? Não satisfeitos, os atacantes Roger e Kieza disseram não temer nenhum jogador do lado de cá… Acho que os dois têm pesadelos desde o último BaVi. Inclusive, até acho que o nosso K9 já reuniu até tempo para renovar a sua CNH após a “eliminação precoce” na Série B.
Deixando o adversário de lado. Os méritos são do próprio Vitória e do seu torcedor. A média de público não passou dos 15 mil, até pela desconfiança alimentada no início do ano, mas isso pouco importa. O time está subindo e uma nova história deve ser escrita a partir do apito final do jogo contra o Luverdense.
O torcedor que abre este texto e o confere pode até se perguntar: “Nossa, mas ele não está dando o jogo como ganho, não? Não seria muito otimismo?” O rubro-negro que esteve presente durante todos esses desastres ao longo do ano não pode admitir o “pé atrás” neste momento. O incentivo é fundamental para que tudo o que passou seja apenas lembrado em uma roda de amigos e que seja motivo de risos.
Serão mais de 40 mil torcedores na Arena Fonte, disso eu não tenho dúvidas. Os nossos adversários, principalmente aqueles que foram responsáveis pelas eliminações anteriores que riram no início e que agora choram pelos resultados finais, só vão poder admirar a festa e desejar repeti-la, ou imita-la, em 2016.
Erguemos a cabeça e fomos na fé. A tristeza não faz mais parte do nosso dia-a-dia. A nossa hora chegou e ela não vai escapar, torcedor. Confie! Como diz a música “Tá Escrito”, do grupo Revelação: “Às vezes a felicidade demora a chegar. Aí é que a gente não pode deixar de sonhar. Guerreiro não foge da luta e não pode correr. Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer!” Vai para cima deles, Leão!