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Com Damiani, Vitória deve resgatar importância da base

À frente do departamento de futebol, novo executivo sinaliza filosofia que o acompanhou ao longo de sua carreira: a formação de atletas

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Foto: Maurícia da Matta/ECV/Divulgação

A última quinta-feira (14) marcou o primeiro dia de Ricardo David à frente da presidência do Vitória. Eleito em primeiro turno pelos sócios, ele estava, desde os primeiros atos como mandatário do clube, ao lado de Erasmo Damiani, oficializado na semana passada como integrante da equipe do então candidato.

Damiani é natural de Seara, cidade do oeste catarinense, e tem, na recente conquista do ouro olímpico brasileiro, o feito mais lembrado de sua carreira no futebol.

Formado em Educação Física, teve um duradouro – e vitorioso – envolvimento com o atletismo quando mais jovem, mas admite que o principal foco sempre esteve no futebol. Após retornar ao seu estado natal, fez estágios como preparador físico e chegou a trabalhar também no futsal. Passou por times tradicionais do estado, como Avaí e Joinville, mas foi no Figueirense que permaneceu por mais tempo, entre 2004 e 2010. Lá, trabalhou pela primeira vez com o baiano Rogério Micale, contratado em 2005 para ser treinador do sub-20. Neste período, mantendo a ênfase no trabalho de base, destaca-se a conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2008. No Figueirense, ocupou também o cargo de diretor no profissional.

Em seguida, passou por outros clubes de expressão nacional, como Atlético-PR e Palmeiras, sempre gerindo a base.

Em março de 2015, veio o convite para integrar a coordenação das seleções de base da Confederação Brasileira da Futebol (CBF), onde permaneceu por cerca de dois anos e reencontrou Micale. “Quando eu assumi, tive liberdade para montar, juntamente com a equipe, a estrutura que imaginávamos ser a ideal. Fizemos uma coisa que não se fazia no Brasil, buscamos treinadores que trabalhavam com a respectiva categoria e a mudança se refletiu na sub-15, sub-17 e sub-20”, lembrou, em entrevista ao Diário Catarinense.

A sonhada conquista olímpica viria um ano mais tarde, no Rio de Janeiro. O cargo, porém, não resistiu ao primeiro fracasso. Meses depois, após um modesto quinto lugar na fase hexagonal final do Sul-Americano da categoria, coordenador e técnico foram demitidos.

Por seu histórico profissional estreitamente ligado ao trabalho de formação, o foco de Erasmo Damiani em seu início de trabalho no Vitória deverá ser o de montar um time, além de competitivo, mais jovem, com novos jogadores a serem avaliados e incluídos no processo de transição, mas que seguirão servindo às categorias inferiores. Neste primeiro momento, trata-se um trabalho de reestruturação do departamento futebol, com intensa análise de desempenho, aliando base e profissional.


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