A “Batalha de Campinas”. Foi assim que, em meio à indecisão sobre a continuação ou não da partida, o treinador Vagner Mancini afirmou que se lembrará dela. O Vitória precisou buscar a virada, após estar em desvantagem de dois gols até o intervalo, e venceu por 3 a 2 a Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli. Minutos após a decisão da arbitragem de pôr fim ao jogo por falta de segurança, Mancini falou aos jornalistas ali mesmo, à beira do campo, de maneira atípica. Ainda sob o nervosismo gerado, o treinador trouxe a sua visão do triunfo.
“Um jogo tenso, disputadíssimo dentro de campo, cheio de alternativas. A Ponte fez 2 a 0 muito cedo na partida, nós tivemos que correr atrás, e aí houve a expulsão do Rodrigo, que, de certa forma, mudou o panorama da partida. O Vitória fez um grande jogo no segundo tempo, leva uma vitória muito importante dentro das condições que tínhamos. Infelizmente, no final, acabamos vendo um certo desespero de todos aqueles que estavam no estádio, não só quem estava de campo, algo que eu nem gostaria de falar muito. Vamos focar no jogo, nessa vitória que nos dá a chance de brigar no último jogo dependendo somente das nossas forças”, comentou.
Em seguida, questionado sobre os desfalques confirmados para o confronto diante do Flamengo, na última rodada, o técnico rubro-negro preferiu comentar a boa atuação dos atletas vindos do banco de reservas. Autor do primeiro do Vitória na partida, André Lima chegou ao 15º gol no ano, e é o artilheiro da equipe na temporada. Já Danilinho teve participação em dois dos três gols. “Hoje deu pra ver que aqueles que saíram do banco mudaram o jogo. O Cadu, Danilinho e o André Lima foram muito bem na partida, o que abre a possibilidade desses atletas jogarem o último jogo e jogarem bem”, afirmou.
Ele ainda comentou a mudança de atitude da equipe após o intervalo. “Acho que não há nada que possa fazer com que você vire um jogo desses, se o atleta não tiver coragem, ousadia, atitude dentro de campo. A Ponte teve isso no primeiro tempo, no segundo também, mas foi superada por um time que tinha um jogador a mais e soube fazer a diferença com isso”, elogiou o comandante rubro-negro.
Promoção: Black Friday FutFanatics com até 85% OFF em toda a loja.
O treinador foi perguntado sobre o que viu dos primeiros minutos da partida, momento em que a Ponte Preta rapidamente assumiu vantagem de dois gols no placar – aos 6′ e aos 15′ do primeiro tempo –, e se isso teria afetado a confiança dos jogadores.
“Eu poderia falar que a Ponte iniciou o jogo de uma forma alucinante e que o Vitória entrou dormindo na partida. Mas [o primeiro gol adversário] foi um lance de um chute onde a bola desviou e entrou, assim como o segundo gol do Vitória. O gol muito cedo fez com que a gente tivesse que sair. Logo em seguida, houve o pênalti. É lógico que te gera um desequilíbrio emocional, que só foi acertado no intervalo. Por mais que nós tivéssemos um jogador a mais no primeiro tempo, a gente não conseguia chegar com muita firmeza. Já no segundo tempo, não. A equipe voltou diferente, melhor arrumada em campo, e soube fazer valer o fato de ter um atleta a mais”, disse.
Por fim, novamente questionado sobre as invasões de campo e a confusão no final da partida, o treinador, que atuou pela equipe pontepretana quando jogador, preferiu ser breve.
“Eu enxergo sempre com muita dificuldade [a situação]. O que queremos do futebol é que seja jogado dentro de campo. O jogo dentro de campo foi limpo, leal. Teve uma expulsão, cinco gols. A partir do momento que nós temos que falar da atitude do torcedor é porque alguma coisa está errada”, concluiu.
Além da vitória num confronto direto, outros resultados da rodada acabaram sendo favoráveis à equipe rubro-negra, que ganhou uma posição na tabela, chegando à 15ª colocação, com 43 pontos. Nesta segunda-feira (27), os jogadores terão folga, com a reapresentação marcada para amanhã à tarde. A partir daí, o foco passa a ser o jogo diante do Flamengo, no Barradão, partida que fecha a temporada e definirá o destino do Leão em 2018.
