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Sócios e conselheiros comentam afastamento de Paulo Carneiro

Clima geral é de alívio, mas também de tristeza pela situação caótica em que o clube se encontra

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Paulo Carneiro
Foto: Letícia Martins / EC Vitória

O afastamento por 60 dias do presidente Paulo Carneiro após denúncias de gestão temerária pelo Conselho de Ética do Vitória foi comentado por conselheiros, sócios e ex-dirigentes, em contato com o Arena Rubro-Negra.

Carneiro foi afastado com praticamente a unanimidade dos votos dos conselheiros presentes à reunião realizada na última quinta-feira (2), no Barradão, a exceção somente dos membros do próprio Conselho de Ética, que optaram por se abster da votação.

O ex-presidente Agenor Gordilho Filho, que é conselheiro nato, considera necessário o afastamento. Ele lembra que Carneiro não passou confiança à torcida e deseja ao clube uma gestão afastada da política.

“Se fazia necessário. O presidente atual não passou segurança para a torcida. As transações não foram transparentes, como devem ser, os conselhos Fiscal e Deliberativo não estiveram ao lado, como deve ser, e chegou em um ponto onde os conselheiros começaram a abandonar seus cargos. A gente precisa colocar um fim nessa instabilidade, eleger uma gestão que deixe a política de fora e fazer do Vitória o clube de paz e de alegria que é o que a torcida deseja.

O conselheiro Thiago Noronha reafirma a necessidade do afastamento, porém alerta que se trata de uma medida preventiva, a fim de permitir as investigações quanto às denúncias. Ele enxerga uma união dos torcedores para salvar o Vitória da atual situação.

“Estou vendo todas as correntes políticas do clube unidas em torno de um único propósito, que é salvar o Vitória da série C e de todos esses problemas de gestão que o clube se encontra: salários atrasados, diversas ações trabalhistas, perda de credibilidade com o torcedor e com o mercado, dentre outros. Todos nós Rubro Negros temos que estar unidos, sem qualquer tipo de vaidade, pra resgatarmos o nosso querido clube e retomar o caminho das Vitórias dentro e fora de campo”, acredita Noronha.

Já Fernando Koch, sócio do clube e bisneto do terceiro presidente na história do Vitória, lamenta o momento delicado que o Vitória atravessa. Ele acredita que só a união entre os rubro-negros pode superar os problemas.

“Infelizmente, é mais um triste capítulo na história recente do nosso clube. Espero que a partir de hoje todos os rubro-negros, indistintamente e deixando as vaidades e diferenças de lado, se unam para recolocar o Esporte Clube Vitória em seu lugar de direito”, diz.

Por sua vez, Rodolfo Mendonça, conselheiro e membro da Frente Vitória Popular, comemorou o resultado da votação e lembrou a necessidade de uma reforma no estatuto do clube através da realização de uma Assembleia Geral Extraordinária.

“A Frente Popular foi unânime a favor do afastamento. Claro que defendemos o direito à defesa e aguardamos a AGE para os sócios decidirem se a destituição será efetuada. Mas a sedação da torcida hoje foi de quem venceu um ba x vi, muita gente com a camisa do clube na rua. Passado o furacão resta agora medir os prejuízos deixados, unir a torcida e reconstruir o clube. Defendemos que os ritos sejam cumpridos e uma AGE para reformar o estatuto seja realizada o quanto antes, para que a próxima gestão já seja eleita sob égide de um estatuto que dê mais transparência ao clube, impedido que os mal intencionados dilapidem nosso patrimônio”, afirma.

O clube atualmente é administrado pelo vice-presidente, Luiz Henrique. Paulo Carneiro ficará fora por 60 dias. Ao fim do prazo, o Conselho Deliberativo votará novamente para definir se o presidente retorna ao cargo ou será convocada uma AGE para que os sócios votem por sua destituição do cargo.

Atualizada em 06/09/2021, às 09h36


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