Mais uma vez, Ney Franco decidiu um jogo em favor do Vitória. Naquele que era um dos principais jogos do segundo turno, o rubro-negro conseguiu vencer, convencer e saiu da zona de rebaixamento para uma “tranquila” 14ª posição.
O 4-3-3 foi definitivamente abandonado por Ney Franco. No clássico, ele simplesmente espelhou o esquema do Bahia: 4-3-1-2. Porém, Ney buscou os confrontos individuais para anular as principais peças do Bahia. Rafinha era vigiado por Nino Paraíba, Luiz Gustavo cuidava de Marcos Aurélio e Kadu/Roger Carvalho davam conta de Kieza; O único vacilo defensivo saiu o gol do tricolor: Centro de Pará pela esquerda e cabeçada de Kieza, livre na área.
O gol aos 5 minutos poderia ter um efeito devastador no rubro-negro, mas perdeu a sua importância quando Richarlyson cobrou falta e Kadu empatou para o Leão três minutos depois. O tento equilibrou o placar e ficou claro as estratégias das equipes: o Vitória atacava girando a bola e procurava minar a saída de bola rápida do Bahia com faltas, já o tricolor buscava lançamentos longos nas costas da defesa rubro-negra para Rafinha e Kieza.
Apesar do empate no placar, o Vitória foi superior. Teve 55% da posse de bola no primeiro tempo, finalizou 9 vezes (44% de acerto) contra 5 vezes do Bahia (20% de aproveitamento). Enquanto Gatito era um mero espectador do jogo, Marcelo Lomba teve trabalho com dois chutes de Richarlyson e viu uma cabeçada de Roger Carvalho acertar a trave direita.
No segundo tempo, Gilson Kleina resolveu sair para o jogo e tirou Léo Gago. O escolhido foi o ex-rubro-negro Maxi Biancucchi. O segundo tempo ainda estava em fase de estudos quando Luiz Gustavo arriscou de longe e contou com a colaboração de Marcelo Lomba para virar o placar. Perdendo, o Bahia foi para cima, mas os seus jogadores de criatividade não estava num dia inspirado.
O Vitória recuou para usar os contra-ataques e marcava individualmente. Vinicius aberto pela esquerda, Juan e Marcinho controlavam a bola no campo ofensivo e usavam a experiência para levar perigo. Na jogada mais aguda da segunda etapa, Nino cruzou e Juan, no meio dos zagueiros, acertou a trave. William Henrique ainda teve uma chance clara, mas chutou fraco.
O triunfo dá uma nova vida ao Vitória, mas a missão de se livrar do rebaixamento não acabou. Faltam 21 pontos, mas a tranquilidade adquirida com a vitória no clássico dá a possibilidade de se manter na série A e brigar pela Sulamericana. Você duvida?