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O camisa 10 é o cabeça branca?

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É a pergunta que não quer calar hoje entre os torcedores do Vitória. Será que o meia Jadson, de 38 anos, que assumiu os cabelos brancos, em analogia ao hit “Cabeça Branca“, será realmente o camisa 10 do Vitória na temporada 2022?

Até então, o Leão fez quatro partidas no campeonato e, nas quatro, o meia com diversos títulos no currículo e passagens pela Seleção Brasileira, atuou como titular. Em dois deles, inclusive, jogou os 90 minutos, arrancando elogios da sua forma física do treinador Dado Cavalcanti.

Mas será que o atleta está rendendo tão bem assim? A verdade é que não. Talvez por falta de entrosamento ou ritmo de jogo, mas o fato é que Jadson está longe de ser o camisa 10 que a torcida do Vitória espera. Na formação em losango, ele circula muitas vezes no último terço do campo, como um falso 9, outras vezes armando as jogadas para os atacantes e algumas poucas vindo buscar o jogo um pouco mais atrás.

A liberdade não tem dado resultados. Além de não marcar gols, Jadson erra em muitas ocasiões e em outras reclama dos seus companheiros que não executam a jogada como ele gostaria. Mesmo assim, a 10 e a faixa continuam com o cabeça branca.

Correndo por fora, vem o volante Alan Santos, que entrou nos dois últimos jogos e melhorou a dinâmica da equipe. Parece inteligente e habilidoso pelo meio. Com essa opção, ou ele mesmo cumpre o papel de Jadson, ou recua para dar mais liberdade ao meia Eduardo, o melhor do setor até então.

Talvez a pergunta não tenha resposta ainda também porque o técnico Dado Cavalcanti não tenha encaixado a formatação que deseja em campo. Talvez o retorno ao tradicional 4-3-3, com a entrada de Jeferson Renan como terceiro atacante no lugar de Gabriel Santiago, abra mais opções para Jadson articular mais o jogo. Para mim, a tentativa mais válida para a próxima partida, contra o Vitória da Conquista.

Que Jadson merece créditos e ainda tem o apoio da torcida, todo mundo sabe. A questão é que o tempo passa e, se os resultados não vierem, é preciso dar espaço para outros atletas mostrarem serviço. As vitórias têm de chegar.


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