Estado de tradição no boxe, a Bahia apresentou ao mundo muitos dos pugilistas que encantaram os ringues do planeta, tanto em competições olímpicas, quanto profissionais. Muito antes de nomes de ponta como os rubro-negros Popó e Reginaldo ‘Holyfield’, o boxe baiano era representado nas demais praças brasileiras por atletas ligados até mesmo aos clubes de futebol.
O Galícia Esporte Clube por exemplo, foi um dos grandes fomentadores do boxe baiano, e entre a década de 70 e 80, coube também este papel ao Vitória. O clube que em sua longa história, já havia se envolvido com diversos esportes disputados em Olimpíadas, passou a investir esforços também em lutas.
A luta olímpica, conhecida no mundo afora como ‘westriling‘ tinha lugar no Leão da Barra, sob os auspícios do então major Evilásio de Azevedo, que nos anos 80 comandava o Centro de Educação Física da Polícia Militar, na Boa Terra. Além dele, o treinador dos westrler’s rubro-negros, era o sargento Manoel Paixão. A partir desta equipe, o Vitória passou a difundir a prática de mais uma modalidade em terras baianas.
No boxe por sua vez, o clube era comandado por Álvaro Silva, e além de participar da modalidade, foi também responsável pela fundação da Federação Bahiana de Pugilismo. Com equipes adultas e juvenis, o Decano foi campeão de títulos no entre os anos de 1982 e 1983 em disputas por equipe, levando alguns de seus nomes como representantes do estado da Bahia em campeonatos brasileiros. Porém, o ano de maior glória do Vitória no boxe, foi em 1980, quando o clube conquistou quatro títulos, disputados na época, apenas de forma individual.
Vale destacar, que no final dos anos 70, o Leão ainda contava com atletas que se dedicavam a mais de um esporte, como era o caso do lateral Dilton, campeão baiano de futebol em 1980, que revezava sua carreira nos gramados com os treinos e lutas de boxe. Enfim, noutros tempos, a alma rubro-negra estava sempre na chama da pira olímpica.