Início Colunas Memórias do Leão Acusações e invasão de sede: as eleições rubro-negras de 1991

Acusações e invasão de sede: as eleições rubro-negras de 1991

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Eleições no Esporte Clube Vitória é sempre um momento de grande debate político, discussões eloquentes e uma explanação mais veemente dos problemas institucionais. Não é diferente no processo vivido agora em 2022, bem como, não foi diferente nas eleições rubro-negras de 1991.

No pleito daquele ano, o grupo de situação – que tinha Ademar Lemos na presidência – lançou a candidatura do diretor de futebol do Vitória, Paulo Carneiro, que estava no clube desde 1988, para presidente. Em contrapartida, um grupo formado por outra ala do conselho do Leão, lançou a chapa ‘Democracia Rubro-Negra’, que tinha o ex-presidente Ney Ferreira (1959-65) como nome principal para a disputa.

Entre denúncias de irregularidades na venda de jogadores e discussões acaloradas entre conselheiros, foi lançada a chapa de oposição. Os conselheiros presentes colocavam a candidatura de Paulo como inelegível por razões estatutárias e acusavam o então diretor de falta de transparência nas vendas de jogadores como Hugo e Nardela.

Aconteceu que em fevereiro daquele ano, a chapa de situação saiu vencedora do pleito, que logo viria a ser judicializado pelos oposicionistas. Relatos de outros rubro-negros, como o ex-conselheiro Paulo Catharino Gordilho, dão conta de que até mesmo a sede do Vitória, no bairro de Amaralina, chegou a ser invadida a mão armada pelo ex-presidente Ney Ferreira. Segundo conta Paulo Carneiro, a eleição ainda chegou a ser judicializada por Ney Ferreira, que entrou com liminar para impedir a sua posse, o que colocou o conselheiro Eduardo Moraes como interventor do clube.

A posse de Paulo porém, acabou acontecendo após uma outra liminar e segundo o próprio ex-presidente da década de 90 conta, foram feitas as pazes com o outro ex-cartola. “Graças a Deus, acabou dentro de uma normalidade, na medida do possível. As ofensas morais foram retiradas e o respeito se reestabeleceu”, contou Paulo Catharino Gordilho para o livro Memórias do Esporte Clube Vitória.

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