A exigência feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de que os Ba-Vis sejam disputados em torcida única será mantida em 2020. A medida não agrada ao presidente rubro-negro Paulo Carneiro.
Em entrevista coletiva no Barradão, neste sábado (18), Paulo Carneiro admitiu que vê com lamentação a adoção de torcida única nos clássicos do estado. Entretanto, o dirigente também diz entender que as torcidas organizadas são as maiores responsáveis.
“Acho muito ruim. O Ministério Público discute mal com isso aqueles que são gestores dessas comunidades esportivas. As torcidas organizadas têm uma grande responsabilidade pela torcida única, tem. Aqui, no Barradão, não vai ter violência. E eles sabem disso. Não reconheço torcida organizada nenhuma. Reconheço grupos de torcedores. Torcida organizada, no Brasil, é sinônimo de terror. Nesse aspecto defendo a posição do Ministério Público. Já fui jovem e chefe de torcida organizada, se na época era chamado de torcida organizada. Isso acabou”, disse.
O mandatário rubro-negro acredita que uma medida diferente deve ser tomada e garantiu que a “briga” com o Bahia se resume apenas às quatro linhas.
“(…) Alguma coisa tem que ser feita. Vitória e Bahia são as grandes forças e juntos em muitos aspectos fora do campo, mudanças do Campeonato Baiano no próximo ano. A briga fica dentro de campo”, finalizou.
O primeiro Ba-Vi de 2020 está marcado para acontecer no dia 8 de fevereiro, na Arena Fonte Nova, com mando de campo tricolor, pelo Nordestão. No Baianão, o clássico acontecerá no dia 1º de março, no Barradão.