Pela 18ª vez, o Vitória foi derrotado no Campeonato Brasileiro. Mais uma vez, a derrota veio com a sensação que o time rubro-negro não tem força, vontade e qualidade para reverter a deplorável situação nas próximas duas rodadas. Ao contrário do Figueirense, o time de Ney Franco não entrou em campo para uma final, entrou em campo para um jogo comum, não vibrou, não tentou e foi dominado durante toda a partida.
Nos vestiários, Ney Franco perdeu o goleiro Wilson, com dores no ombro e colocou Escudero após um longo tempo de inatividade. A entrada do argentino ao invés de Adriano era para ter o controle da bola e depender menos dos chutões e das manjadas jogadas de velocidade do lateral Nino. A única tentativa ofensiva que deu certo durante todo o jogo foi o já tradicional lançamento no começo do jogo para um dos atacantes finalizarem pegando a defesa adversário desprevenida.
Argel Fucks foi inteligente. Praticamente livre do rebaixamento, optou por explorar as dificuldades do Vitória ao invés de propor o jogo. Duplicou a marcação nas laterais, principalmente na direita, usou a bola parada, forçou o jogo em cima da claudicante dupla de zaga do Vitória e marcou sob pressão durante os 90 minutos. A marcação pressão foi fruto da juventude do time catarinense diante dos experientes do Leão.
No plano tático, Ney Franco armou o Vitória num 4-3-1-2 com Marcinho flutuando atrás dos atacantes contra um 4-4-2 bem treinado do Figueirense. O esquema catarinense quase sempre permitiu uma marcação pressão com quatro avançados ou uma linha na frente da zaga. A marcação incessante no meio dificultou a criação e na lateral direita minou a única jogada de efeito do Vitória. O resultado foi uma derrota por 2 a o.
O revés combinado com os triunfos da Chapecoense e Coritiba complicaram a vida do Vitória. O rubro-negro disputa a última vaga na série B 2015 com o Palmeiras e pode ser rebaixado na próxima rodada, caso seja derrotado e o alviverde paulista vença o Internacional. Seria o último ato de um dos piores anos do Vitória
