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Permanência com sabor de rebaixamento

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Sabe aquela célebre frase empate com sabor de derrota? Apois, o Vitória apresentou em 2016 uma variação para ela, a permanência com sabor de rebaixamento. E não há quem negue que a campanha do rubro-negro baiano nesta temporada era digna de um descenso. Quis o destino que houvesse alguém pior.

E para coroar essa pífia temporada, uma derrota dentro de casa na última rodada, diante da equipe reserva do Palmeiras, numa ocasião típica onde “o Vitória só dependia dele para se salvar”. Quis o destino que houvesse alguém pior.

Mas não podemos também negar que foram cumpridas as promessas do presidente Raimundo Viana, que durante todo o ano exaltou o plantel montado e garantiu “protagonismo” e campanha de “meio de tabela”.

Cumpridas, claro, se a gente entender que qualquer posição abaixo do grupo da Libertadores e acima da zona de rebaixamento signifique um “meio de tabela”, ou que o “protagonismo” esteja nas repetitivas pautas sobre a novela Victor Ramos, ou do destaque nas atuações individuais do Esporte Clube Marinho, ou no respingo da crise do Inter de Porto Alegre.

Quis o destino que não houvesse alguém melhor na diretoria para planejar e contratar. Devo lembrar que as principais peças apresentadas no ano, o trio DKV (Dagoberto, Kieza e Victor Ramos), não renderam nem perto da metade do esperado.

E quis o destino também que não houvesse alguém melhor no conselho deliberativo, alguém que caísse na real de que a época dos clubes sociais da elite está ultrapassada, que abrisse mão do egocentrismo e se comprometesse em garantir um estatuto democrático e participativo para o clube.

Não há quem negue que o Vitória encerrou 2016 – dentro de campo, por enquanto – com um gosto amargo e semelhante ao de um rebaixamento. Prova disso foram as vaias e os gritos de “diretoria de segunda divisão” ao fim da última partida derrota do ano, em vez de uma comemoração. Quis o destino que dos quase 35 mil dentro do Barradão, a grande maioria torcesse apenas pelo Marinho, único homenageado, de fato, após o apito final.

Na quinta-feira, dia 15 de dezembro, depois (ou até antes, quem sabe) da apuração dos votos da eleição ao conselho deliberativo do Vitória, teremos mais uma pitada de sensações nesse interminável  ano, onde conquistamos um título e garantimos a permanência na Série A, mas mesmo assim não estamos nada satisfeitos. E a expectativa para o resultado é a seguinte: Queira o destino que haja dias melhores.

 


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