O futebol brasileiro passa por mudanças estruturais. Na última segunda-feira (21), treinadores dos principais clubes brasileiros se reuniram na CBF para discutir assuntos pertinentes da profissão.
A principal mudança proposta por eles é o limite de transferência de treinadores. Ou seja, cada clube só poderá trocar duas vezes de treinadores. Na prática, cada agremiação só poderá ter até três técnicos na competição.
Por outro lado, cada técnico só poderá comandar dois times no Campeonato Brasileiro. A título de comparação, o Vitória já teve quatro treinadores (Petkovic, Gallo, Flávio Tanajura e Mancini) e o atual treinador do Leão já comandou a Chapecoense no começo do campeonato.
Mancini, vice-presidente da FBTF (Federação Brasileira de Treinadores de Futebol), defendeu que a regra esteja no Regulamento Geral das Competições em 2018.
“Fica difícil a gente falar porque não estávamos na reunião do conselho. Deve ter tido um debate sobre isso. Sinceramente, em todos os clubes que passei, nunca tive dificuldade para dizer isso. Você tem que sentar e deixar claro quando está chegando. A porta de saída é muito mais estreita do que a chegada. A sua saída do clube é dificultada por uma série de coisas. O ambiente não é propício, vive pressão. Por isso a gente quer que a CBF torne isso como norma. Que conste no regulamento para que não haja esse tipo de desgaste.”, disse o treinador do Vitória.
Outras propostas debatidas:
Apoio da CBF à Lei Caio Júnior:
É uma lei de autoria do deputado José Rocha (PR/BA), ex-presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, que trata de regulamentação das leis trabalhistas.
Demissão e contratação de treinadores:
A FBTF deseja que a CBF inclua no Regulamento Geral das Competições 2018 que os clubes só poderão registrar outro profissional após quitar todas as dívidas com o treinador demitido. Enquanto isso, o clube poderá utilizar profissionais da base.
Registro de contrato de trabalho dos treinadores:
Atuação de treinadores estrangeiros no Brasil:
A exigência que treinadores estrangeiros tenham a mesma quailificação que será exigida a partir de 2019. Todos os treinadores precisarão da Licença A da CBF para trabalhar em competições nacionais.
Reconhecimento internacional da licença brasileira
Apoio da CBF para que a licença brasileira seja considerada válida pela Conmebol e Fifa.
Diminuição dos valores cobrados pelos cursos da CBF
Criação de um Código de Ética