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Têtêtê Vitória: um bloco rubro-negro

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Que bloco é esse Nêgo, que vem nesse axé? Falar do Carnaval de Salvador pode também incluir o Esporte Clube Vitória. Afinal, seguindo o curso da grande popularização do carnaval soteropolitano entre os anos 90 e 2000, o clube rubro-negro também foi responsável por trazer a massa para a avenida nos dias de folia.

Foi justo no ano de 2000, em que o Leão da Barra empreitava o surgimento de nomes como Allan Delon, que foi criado o Tetetê Vitória. O bloco carnavalesco que levava o nome do Decano trouxe como mote a comemoração dos 500 anos do Brasil e dos cinquenta anos da invenção do trio elétrico.

Dodô e Osmar não viram, mas já em fins dos anos 90, o Vitória tinha sua participação no Carnaval baiano junto ao rival Bahia, através do desfile de reinado de momo, que contava com a presença ilustre de nomes do axé que cantavam os hinos de seus clubes nos trios e das torcidas que juntas empunhavam suas bandeiras na avenida.

O Leão criou então seu bloco oficial, buscando levar o maior número possível de rubro-negros para aproveitar a folia. Os foliões usavam a camiseta do bloc nas cores vermelha, preta e com detalhes amarelos. Como atrás do rubro-negro, só não vai quem já morreu, eu seu primeiro ano, o bloco foi responsável pela festança de 3000 foliões que saíram às ruas de Salvador, acompanhando a banda Baranga Pintada. O sucesso do bloco permitiu o clube repetir o feito em 2001, contando até mesmo com ensaios com público na antiga sede de praia em Piatã, e, já na folia com a participação das bandas Baianada, Parangolé e a cantora Cátia Guima, no circuito Barra-Ondina.

O Têtêtê Vitória estava previsto também para acontecer no ano de 2002, mas acabou sendo definitivamente cancelado junto a outros seis blocos do mesmo circuito, por falta de patrocínio. Mas que fique registrado, entre o fim do velho e o início do novo milênio, o Leão também rugiu nos alto-falantes carnavalescos.


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