Por Marcos Thomaz*
Em meio as comemorações pelos dez anos de fundação, a Nêgo Jampa, torcida do Vitória na Paraíba, agrega o espírito solidário às festividades em torno da data. No último sábado, 22 de agosto, a torcida fez a entrega de 100 quilos de alimentos e cerca de uma centena de roupas ao Hospital Padre Zé, instituição localizada no centro de João Pessoa e que, em 2015, completa 5 décadas de existência.
As doações foram arrecadadas entre os integrantes da Nêgo Jampa, mas também contou com a colaboração de torcedores do Vitória de outras localidades, como por exemplo, David Conceição, baiano residente em São Paulo que adquiriu uma luva oficial através de leilão virtual realizado pela torcida paraibana para ser revertido integralmente em doações a cinquentenária instituição filantrópica.
Sobre o Hospital
O Hospital Padre Zé, fundado em 1965 pelo monsenhor José da Silva Ribeiro Coutinho, conta com 60 leitos e atende pessoas de toda a Paraíba, oferecendo assistência também para os acompanhantes (muitos vindos do interior do estado). A instituição é gerida apenas com as doações que podem ser feitas através de transações financeiras: Banco do Brasil, agência 0011-6, conta corrente 15774-0; ou entrega de alimentos e roupas diretamente no local. Para mais informações, os contatos do Hospital Padre Zé são: (fone) 3241-8080 / 3041-8430 / 3241-5845 ; (e-mail) hospitalpadreze@zipmail.com.br
Sobre a Torcida
As comemorações por esta primeira década de existência da Nêgo Jampa tiveram início na última sexta-feira, 14 de agosto, com uma grande festa regada a comida típica baiana e sorteio de brindes oficiais do clube durante a partida contra o Santa Cruz, pela última rodada do primeiro turno da Série B, que terminou com a liderança do Vitória. Por estas coisas que só os deuses do futebol podem explicar, quis o destino que o adversário de agora fosse o mesmo do dia em que nasceu a idéia da torcida.
A Nêgo Jampa é a mais antiga torcida do Vitória fora da Bahia. Fundada oficialmente em 16 de agosto de 2005 é formada, em sua maioria, por baianos (filhos de Salvador, Juazeiro, Irecê, Itabuna etc) que se mudaram para João Pessoa para trabalhar ou para estudar, e por lá ficaram. Entretanto o inusitado está na presença de um integrante legítimo paraibano que optou por ser rubro-negro inspirado na boa fase do clube no final dos anos 90 e início deste século.
A escolha do nome une referências diretas entre o clube e a localidade. Da bandeira do estado paraibano aproveitamos as cores (vermelho e preto) e a inscrição “NEGO”, que adaptada, se tornou menção ao apelido do Vitória: “NÊGO”. Da capital paraibana nos apropriamos do termo carinhoso que os locais dão a João Pessoa: “JAMPA”.
Durante esses 10 anos de existência, a Nêgo Jampa já percorreu diversos estádios pelo Brasil e é presença constante nos jogos do nosso brioso Vitória nos estados vizinhos de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, além do santuário rubro-negro, Barradão.
A Nêgo Jampa integra a Rede Vitória sem Fronteiras, movimento que tem a função de incentivar a formação e aglutinar grupos de torcedores do Vitória fora de Salvador. O objetivo é criar focos de representação do vitória e do estado baiano, preservando vínculos afetivos, de cultura e identidade. Entre as ações estão a colaboração para que haja uma organização que represente e situe o torcedor em cada cidade (definição e divulgação de lugares para assistir aos jogos etc).
A Rede Vitória Sem fronteiras se divide em três nucleos: interior, outros estados e exterior. Hoje já existem grupos funcionando em outros estados como: Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraná, Rondônia e Roraima, além do Distrito Federal. No exterior, os projetos pioneiros se situam em Angola e no Peru. No interior baiano a rede já se espraia por dezenas de cidades como Alagoinhas, Valença, Santo Antonio de Jesus, Riachão do Jacuipe, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Jacobina, Juazeiro, Itaberaba, Serrinha, Ilha de Itaparica etc.
*Marcos Thomaz é um dos responsáveis pela torcida Nêgo Jampa.
