O Vitória entrou em campo pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. A expectativa era que com a volta da comissão técnica de Ney Franco, o time apresentasse um futebol melhor e vencesse o Figueirense, porém a melhora foi pouca e o resultado foi negativo.
Eder Bastos seguiu a cartilha de Ney Franco de forma fiel: Três atacantes, muita intensidade, muita velocidade, linha defensiva avançada e sem marcação sob pressão. A ideia era explorar os lados do campo e ter presença de área com Dinei e a chegada dos apoiadores, porém os constantes erros de passes atrapalharam a produção ofensiva. Como a bola não ficava presa no ataque, voltava em forma de contra-ataque em alta velocidade puxado por Cleiton nas costas de Juan.
No segundo tempo, sem Wilson contundido e William Henrique sacado, Eder lançou Gatito Fernández e Escudero. O esquema foi alterado para um 4-4-2 com Adriano mais preso, Neto Coruja como um segundo volante, Escudero armando pelo lado esquerdo e Aguiar mais centralizado. Na frente, Caio e Dinei. Juan assumiu o papel de armador e constantemente abandonou a lateral para armar o jogo.
Com a volta de Escudero, o Vitória melhorou. O argentino qualificou o passe no meio de campo e liberou Aguiar para encostar nos atacantes. Apesar da melhora, a precipitação nas finalizações e os passes errados foram minando as chances rubro-negras. Enquanto isso, o Figueirense ameaçava com contra-ataque.
E numa soma de passe errado mais contra-ataque resultou no gol do Figueirense. Perdendo, Eder Bastos foi para o ataque e sacou Adriano, que errou no gol do time catarinense, e colocou Marcos Júnior voltando para 4-3-3. A mudança quase resultou num empate, mas Juan desperdiçou o pênalti.
As estatisticas mostraram que o Vitória melhorou em alguns aspectos. O time driblou mais, foi mais intenso e criou mais chances claras: No jogo de hoje, acertou o mesmo número de finalizações das últimas três partidas de Jorginho. Mas, os erros de passes e lançamentos foram decisivos de novo. Já são três jogos sem fazer gols.
Apesar de toda a irritação pelo resultado e o desespero que tomou conta de alguns torcedores, a permanência é possível e as melhoras, menos pequenas, dão alento para Ney Franco continuar.