Em 100 minutos de atividade em começo de temporada, qualquer avaliação é precipitada e pode ocorrer erro de avaliação, por isso, o jogo-treino do Vitória contra o Leônico serviu para o técnico Ricardo Drubscky observar em situação de jogo, a parte tática principalmente ofensiva, já que defensivamente não houve teste.
Com alguns jogadores longe da parte física ideal, Drubscky optou por utilizar todos os jogadores disponíveis sem definir titulares e reservas. O primeiro time jogou com a seguinte formação até os 30 minutos de jogo: Gustavo, Guilherme, Maracás, Kadu e Mansur; Gabriel Soares, José Welison, Willie, Escudero e Leílson; Neto Baiano.
Como era esperado, foi um verdadeiro ataque contra defesa. Escalado num bem desenhado 4-2-3-1, o Vitória dominou a posse de bola, sempre buscando os flancos para fazer jogadas. Com José Welison se juntando a Escudero para articular pelo centro, o rubro-negro sentia falta de um meia agudo para abrir o ferrelho do Leônico.
Sem criar nenhuma grande chance, Drubscky tentou trocar Escudero de posição com Leílson, mas não resultou em nenhum resultado prático. Nos últimos 20 minutos de primeiro tempo, Vander entrou no lugar do argentino. Com mais velocidade, o meia reintegrado deu agilidade ao moroso ataque rubro-negro. Na primeira boa chance, ele avançou, limpou o zagueiro e acertou um chutaço na trave. No final da primeira etapa, Mansur arriscou de longe e marcou o primeiro gol do jogo-treino.
No segundo tempo, Dubrscky só manteve Vander do final do primeiro tempo. O segundo time foi formado por Fernando Miguel, Nino, Ednei, Saimon e Euller; Marcelo, Amaral, Wellington, Vander e Mauri; Rogério. Com relação ao primeiro time, teve duas mudanças: A dupla de volantes com características similares dificultou a transição da bola para ataque, mas deu liberdade para os laterais, contudo Amaral seguiu se aproximando da área como fazia José Welison, mostrando que será uma característica do novo time do Vitória.
A segunda foi mais significante. Diferentemente da primeira etapa, os meias abertos jogaram mais fechados e trocando de flanco e o centroavante era um atacante que se movimentava e abria espaço para os meias finalizarem, porém por falta de treino, foram inúmeros cruzamentos na área sem qualquer aproveitamento. Por outro lado, as bolas rasteiras e trabalhadas geraram boas chances de gols, o que explica o alto número de gols no segundo tempo.
O jogo-treino não serviu para testar efetivamente o time do Vitória, apesar disso, ainda faltam ajustes para começar a temporada. O amistoso contra a Jacuipense no próximo sábado pode representar um teste um pouco mais forte.
Destaque: Vander – Marcou um gol, acertou um chutaço na trave e deu mais movimentação. Demonstrou muita vontade.
Poderia ter feito mais: Neto Baiano e Escudero. O primeiro não recebeu tantas bolas, só finalizou uma vez, mas se movimentou pouco. Já, o argentino ainda falta confiança, mas melhorou em relação ao ano passado. Os dois com o tempo deve melhorar.