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Vitória do norte ao sul

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Por André Maron

Olá, tudo bem?

Meu nome é André Maron, tenho 34 anos, sou micro empresário, estudante de engenharia civil e pai de quatro lindas meninas. Mas se você que está lendo essa coluna agora procurar por mim em Manaus, cidade na qual moro faz três anos, essas informações em nada lhe ajudarão.

O que mais chama a atenção dos manauaras é a minha paixão escrachada pelo Esporte Clube Vitória. Paixão essa que exponho das mais diversas formas. No nome da filha mais velha, nas 49 camisas que visto quase que diariamente, na tatuagem que carrega o nome do time, nos adesivos no carro, na bandeira que com tanto orgulho empunho, no ritual em dias de jogos, enfim. Não tenho mais identidade. Sou conhecido como “Vitória”.

Mas essa paixão não é uma exclusividade minha. Acredito até que todo aquele que assim como eu mora longe de Salvador tem a sua paixão acentuada. Imagina você, caro leitor, aquela moça linda, por quem você é perdidamente apaixonado e de quem você repentinamente, por motivos que só a vida explica, é obrigado a se afastar, ir para longe. Não parece que a paixão e o amor aumentam? Pois é. É exatamente assim que acontece com o nosso time de coração. Nosso amor pelo Vitória aumenta proporcionalmente a nossa saudade. Perdemos a nossa verdadeira identidade. Mas por uma boa causa.

E foi para diminuir um pouco essa sensação de saudade que alguns torcedores decidiram criar o movimento Vitória Sem Fronteiras, que nada mais é do que um grupo de torcedores rubro negros que passaram a buscar outros torcedores nos estados e países que residem para que possam, juntos, mandar aquele axé para nosso Leão em dia de jogos. E assim vem sendo em Sergipe, Minas Gerais, Roraima, Pernambuco, Brasília, Goiás, Paraíba, Amazonas, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Angola, Espanha, Alemanha, Argentina, Austrália, Bolívia, Canadá, EUA, México, Noruega, Peru, Portugal, Trinidad e Tobago, e vários municípios do interior da Bahia. Sempre juntos e organizados, torcemos para o Vitória em todos os jogos.

De hoje em diante serei o responsável pela coluna do Vitória Sem Fronteiras aqui no Arena. Espero cumprir tal incumbência com a maestria do meu antecessor, meu grande amigo Tiago, do Vitória Candango, torcida organizada do Distrito Federal. Espero ainda levar para você torcedor que se encontra longe de casa, um pedacinho do Barradão, e uma grande parcela da paixão que une todos. Afinal de contas, não importa onde estejamos. O nosso amor pelo Vitória realmente é algo SEM FRONTEIRAS.

Para conhecer mais sobre nosso movimento, acesse nosso grupo no facebook no link www.facebook.com/groups/vitoriasemfronteiras

Uma grande abraço a todos vocês.


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3 COMMENTS

  1. Nossa..Me identifiquei de cara com o texto pq só quem mora longe de Salvador sabe: sair com camisa do Vitória na rua é mais do que sair vestido. Não é uma simples camisa. É a mostra de que você de sua identidade, de suas raízes. é a exteriorização de que você não sucumbiu àqueles que dizem que o “melhor futebol do mundo esta no sul-sudeste” No nordeste temos sim time pra torcer!
    Tenho convicção de que futebol é mais do que uma simples paixão clubística. É a expressão da identidade cultural!
    Saudações rubro-negras

  2. Belo texto e muito parecido comigo q moro aqui em Caldas Novas-Goiás trabalhando pra dá melhorias a minha família, vivo longe do meu estado já à 10 anos mas com meu coração em Salvador e canudos. Como vc relatou no texto qnt mais longe mais a paixão pelo esporte clube VITÓRIA. To formando aqui junto com minha filhota de 12 anos e apaixonada, a torcida LEÕES do CENTRO OESTE pra diminuir a saudade juntando os baianos daqui apaixonados pelo VITÓRIA.