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Vitória, um time de poucas finalizações. Mas por quê?

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No jogo contra o Grêmio, no Barradão, o setor ofensivo do Vitória foi alvo de críticas por partes dos torcedores e da imprensa. E não apenas pelo resultado sem gols, mas também por um fator importante: muita dificuldade em chegar ao gol adversário.

E não é apenas uma sensação. O Vitória finaliza pouco e cria pouco. Com uma média de 11,7 chutes por jogo, o Leão é o 16º nesse critério. Considerando apenas os chutes na direção do gol, a coisa fica pior. Apenas 3,6 por partida, melhor apenas que o Atlético Mineiro. Está claro nos números e vendo os jogos que o Vitória finaliza pouco, e quem finaliza pouco, fará poucos gols. São 29, o 11º ataque da Série A.

Analisando a quantidade de passes, temos 6413 passes certos, 12º no ranking e 826 passes errados, 11ª posição no quesito. Os números em si podem não dizer muita coisa, mas com uma rápida análise dos jogos do Vitória, especialmente a partida contra o Grêmio, é possível explicar muita coisa nesse quesito. Grande parte dos passes certos são passes curtos no sistema defensivo buscando a saída de jogo. Aí surge o grande vilão: o chutão pra frente, buscando explorar a altura de Dinei, uma jogada já conhecida e, portanto, marcada pelos adversários.

A alternativa seria buscar novas opções de ataque. A criação no meio de campo anda prejudicada pela má fase de Cajá, ainda sem substituto a altura na temporada. Dessa forma, o time torna-se previsível e inoperante, já que tem a bola (média de 49% por jogo) mas não sabe o que fazer com ela. Dependente de jogadas individuais, é necessário um dia inspirado de Maxi ou Marquinhos, a regularidade de Escudero ou a aplicação tática de Dinei.

Para terminar bem o campeonato, longe dos perigos do rebaixamento, como se espera, ou disputando a vaga na Libertadores, como sonha boa parte da torcida, é importante melhorar a produção ofensiva. E não apenas cobrar dos atacantes, mas também que a bola chegue com qualidade. Isso depende do time todo.

Foto: Futebol Bahiano.


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