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Ba-Vi: termômetro favorável

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Mais fiel que qualquer vidente, mais exato que qualquer cálculo de matemática ou física. Independentemente de competição, sempre comentamos em qualquer roda de bate-papo, qualquer mesa redonda, até de cartomante, que o Ba-Vi é o termômetro para sabermos o futuro de Bahia ou Vitória dentro dos certames que envolvem a dupla. Claro que alguns confrontos podem ter o prognóstico mais fácil devido ao atual momento, mas poucos se arriscam e o discurso sempre será o mesmo: Ba-Vi é Ba-vi.

A conquista no clássico indiscutivelmente colocou o Vitória entre os quatro classificados à série A de 2016 e manteve os sediados em Itinga no desespero. Já com 52 pontos e com a tabela apresentando os próximos jogos totalmente favoráveis ao Leão, somente uma tragédia, tipo a do nascimento do rival, evitará o nosso acesso.

Resumindo o clássico – Indiscutível também foi a supremacia do torcedor rubro-negro. Das arquibancadas da nossa casa de praia mandaram vibrações positivas para os jogadores cumprirem a pescaria com êxito dentro das quatro linhas do aquário, mesmo sem a presença de forma oficial da maior torcida uniformizada do clube. Claro que a  preocupação bateu logo quando o rapaz que foi do céu ao inferno em 45 minutos fez o primeiro gol do embate, mas fui tranquilizado por uma alma confiante que assistira o jogo ao meu lado. “Calma! o gol foi apenas para recuar o cardume e deixar espaço para Escudeus e seus anjos reinarem. Hoje a pescaria será de rede”. Pronto! Só foi aguardar o tempo passar e assistir o mar pegar fogo e comer peixe frito.

A Deus pertence – Com todas as previsões favoráveis e o acesso bem encaminhado, creio que agora Vagner Mancini já possa, de fato, falar que o título é logo ali. Não muito distante, com apenas 4 pontos nos separando do Botafogo-RJ, ouso-me até a aventurar pela empolgação da conquista do Brasileiro da série B. Vejamos: Botafogo tem 56 pontos ganhos, 16 vitórias, marcou 48 gols e sofreu 23. Por outro lado o rubro-negro baiano conquistou 52 pontos, 15 vitórias, balançou as redes adversárias 46 vezes e sofreu 28 tentos. Resumindo: Dá para encarar a briga e conquistar esse título. Caso ele não venha, vamos comemorar o acesso e dizer nas rodas da vida que na série B o que importa é o acesso.

O choro é livre – Como se não bastasse a choradeira de Sérgio Soares e do presidente Marcelo Sant’Ana após o Ba-Vi, me assusta a quantidade de lenços gastos por alguns comentaristas da crônica baiana. Aliás, com todo respeito aos colegas, já passou da hora de alguns nomes pegar o boné. Qualquer torcedor, por mais que não tenha obrigação de entender como funciona a linha editorial de um determinado veículo, espera ver como pauta principal o time vencedor. Mas na Bahia, terra que tudo é possível, o torcedor leonino teve que se contentar com a choradeira tricolor.

Aproveitando a oportunidade queria esclarecer ao torcedor, e alguns colegas de imprensa que limitaram-se apenas a ler o título do texto “Em um eventual não acesso, colocaremos na conta de quem?“, que o principal objetivo da Coluna “Papo de Torcedor” é debater sobre os principais temas que pautam as rodas de bate-papo do rubro-negros e, na ocasião, mesmo o time passando por um bom momento, não poderia deixar de fora o fato da diretoria arriscar em não trazer reforços. Claro que até o momento vem acertando em confiar no atual elenco, mas queria deixar nítido que sou apenas mais um na torcida. Quem acompanha esta coluna sabe que não defendo A, B ou C. Até a oposição já foi alvo de criticas. (leia Tudo é uma questão de oportunidade… ou oportunismo).

Sendo assim, torcedor, esse espaço é seu. Aceitamos também textos opinativos o até mesmo alguma experiência que tenha passado com o nosso time do coração e queira relatar. Afinal de contas, esse é o Papo de Torcedor.


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