Início Colunas Visão Tática Vitória 0 x 1 Cruzeiro: Filme repetido no Barradão

Vitória 0 x 1 Cruzeiro: Filme repetido no Barradão

0

O Vitória perdeu mais uma no Barradão. Ontem foi a sexta vez que isso aconteceu no Brasileiro. Dos 20 clubes, o Leão tem a 17ª pior campanha como mandante.

Contabilizando também as três vitórias nos últimos dez jogos, quatro vitórias consecutivas e a 17ª campanha no returno fica difícil imaginar que o Vitória se salve de um rebaixamento anunciado desde janeiro.

Argel tentou soluções num elenco limitado. Além de manter Diego Renan no banco, sacou o inexpressivo Tiago Real para a entrada de David. Na faixa central, Cárdenas saiu para a entrada de Serginho e colocou Kieza como referência e Love caindo pelos lados.

Na prática, pouca solução. Adepto aos treinamentos dos anos 90 como dois períodos e coletivos de 80 minutos, Argel foi enganado pelo ótimo coletivo realizado por Serginho na última quinta. No campo, o camisa 13 sumiu com atribuição de ser armador de uma equipe fraca no coletivo.

Apesar mal tecnicamente, Cárdenas auxiliava no combate e iniciava a construção das jogadas quando se aproximava dos volantes para armar com passes curtos ou carregar a bola. Com outras características, Serginho não contribuia para a saída de bola se juntava a Kieza no ataque obrigando aos volantes e laterais apostarem nas bolas longas.

O Cruzeiro veio para buscar um empate. Marcação em bloco médio e transição em velocidade buscando as jogadas de lado de campo. Arrascaeta foi algoz do rubro-negro mais uma vez. Não fez gols, mas infernizou a bagunçada defesa de Argel.

Após sofrer o gol de cabeça no primeiro tempo, Argel decidiu sacar Serginho e colocar Cardenas. O colombiano deu mais movimentação, mas ainda longe do necessário. Era preciso incendiar o jogo.

Kieza aproveitou um passe em profundidade de Victor Ramos para fazer valer a sua principal característica: explosão. Foi assim que ele conseguiu a expulsão do zagueiro Léo.

A expulsão não desequilibrou o jogo. O Vitória pressionou, mas timidamente até o pênalti comedido por Bruno Rodrigo em Kieza. Cárdenas bateu e Rafael defendeu. O Vitória sentiu a penalidade perdida e se abateu. No final, a torcida gritou, ironicamente, “ão, ão, segunda divisão”.

A cada rodada, o time do Vitória perde mais força e confiança. Argel mostrou que pouco sabe de futebol quando atribui os pênaltis perdidos a má fase. É similar a Felipão reduzir o 7 x 1 a um apagão.

O rebaixamento bate a porta. Argel cada vez mais perdido.


Deixe sua opinião