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Treta! Vitória e Arena divergem sobre venda de ingressos; entenda o caso

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O Vitória e a Arena Fonte Nova protagonizaram uma verdadeira confusão de informações sobre a venda de ingressos do BaVi do próximo domingo (08) para a torcida rubro-negra.

Através de notas oficiais publicadas nos seus respectivos meios de comunicação, as duas instituições tentavam esclarecer o porquê de os torcedores passarem horas na fila aguardando o início da venda dos ingressos, sem o conhecimento de que a venda através de cartão de crédito/débito estaria indisponível.

Entenda a história:
Na tarde da última quarta-feira (4), o Vitória anunciou o esquema de venda da carga de bilhetes disponibilizados pelo Bahia, o mandante do jogo, para o clássico.

De acordo com a nota publicada no site, as vendas iniciariam às 13h30 no dia seguinte (quinta, 5), no Shopping Capemi e no Barradão, a principio, com pagamento através de dinheiro e cartão de crédito/debito.

No entanto, as vendas iniciaram com cerca de uma hora de atraso e os torcedores que chegaram cedo ao local ainda foram pegos de surpresa com a indisponibilidade da operação via cartão.

Ao mesmo tempo o Vitória divulgava uma outra nota no seu site oficial (link), responsabilizando a Arena Fonte Nova oficial não entrega das máquinas operadoras de cartão de crédito/débito, e alterando a forma de pagamento somente para dinheiro.

Horas depois, a assessoria da Arena Fonte Nova divulgou uma nota à imprensa apontando toda a responsabilidade pela venda de ingressos para os rubro-negros para o Vitória.

Mesmo questionado por jornalistas, a comunicação do Vitória não rebateu as acusações da Arena Fonte Nova. E os torcedores, revoltados, aparentemente foram os únicos prejudicados na confusão.

Explicando a engenharia
A compra dos ingressos não é uma mera negociação entre Arena e torcedor. Para assumir toda a responsabilidade da venda, o Vitória pagou cerca de 270 mil reais para adquirir todas as entradas do setor do visitante e comercializar por conta própria. Os ingressos inclusive foram impressos dia anterior à data prevista para as vendas, conforme mostram as imagens abaixo.

Desde segunda (2), o torcedor estava aflito para saber como iria acontecer a venda dos ingressos. Contudo, os detalhes só foram divulgados na quarta (4) às 19h30. A demora deve ao fato do rubro-negro ter sido obrigado a comprar os ingressos do seu setor após a virada de preços promovido pelo mandante, o Bahia. Na mudança, o setor oeste, equivalente por determinação do Ministério Público, subiu dos 60 reais para 80 reais, preços de inteira.

Por ter comprado à vista, o clube decidiu repassar para os torcedores também à vista, o que gerou alteração no meio de pagamento momento antes do inicio das vendas. Caso aceitasse pagamento por meio de cartão de crédito, o Vitória teria que pagar uma comissão sobre as vendas para as operadoras de cartão, o que geraria prejuízo para o rubro-negro na venda dos ingressos.

No ano passado, o Vitória mandou o jogo contra o Paysandu na Arena Fonte Nova e a venda foi toda realizada com a equipe da Arena. Naquele jogo, o único meio de pagamento aceito nos dias anteriores ao confronto foi cartão de crédito com as máquinas da Arena. Se aceitasse o pagamento em dinheiro, elevaria os custos da operação, já que seria necessário contratar os serviços de uma empresa de transportes de valores para segurança da quantia.

No encontro mensal com os sócios, o presidente Raimundo Viana culpou Arena pela demora no inicio das vendas.

 


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