O duelo entre Vitória e Grêmio colocou em choque duas equipes em momentos distintos. Um rubro-negro que vinha em curva ascendente (aproveitamento de 75% nas últimas quatro partidas), e o Grêmio que convivia com altos e baixos, alternando boas e más atuações. Argel repetiu o mesmo time que goleou a Chapecoense no último final de semana, enquanto que Renato Gaúcho tinha Luan, Bolaños e Marcelo Oliveira como principais desfalques.
O time foi montado no 4-2-3-1 (com a posse de bola), tendo Farias e Marcelo na linha de volantes, Real, Kieza e Marinho na penúltima linha e Zé Love no comando de ataque, e o 4-4-2 sem a posse. O encaixe de marcação individual voltava a demonstrar falhas, fazendo com que a equipe adversária levasse perigo no contra-ataque (o gol sofrido demonstra bem as falhas do posicionamento defensivo na bola parada). Muito espaço nas laterais que deixava a primeira linha vulnerável, em muitas oportunidades com inferioridade numérica (principalmente na segunda etapa de jogo).
Enquanto Marinho esteve em campo a equipe conseguia preocupar a defesa gaúcha. Apesar dos inúmeros erros no último passe, o Leão conseguiu transpor a primeira linha adversária (apesar de não ter acertado um chute na meta). Após a saída do camisa sete tudo desandou, com a perda tanto da principal referência para transição defesa/ataque quanto da jogada no um contra um. A equipe já não produzia e via-se vulnerável aos contra-ataques.
Uma noite que tinha tudo para ser de reafirmação mudou de panorama. O Vitória voltava a demonstrar os erros antigos, com desequilíbrio nos 90 minutos e falhas individuais. Serão 27 pontos em disputa e a necessidade de 10/12 para escapar de mais um descenso. A luz verde tornou-se laranja e a calculadora volta a ser ligada.
