Início Colunas Visão Tática 4-2-4: A novidade de Mancini para 2016 (I)

4-2-4: A novidade de Mancini para 2016 (I)

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Mancini apresentou a grande novidade para a Bahia esportiva: o esquema 4-2-4. Devido a falta de um centroavante de ofício, o técnico rubro-negro adaptou o time para um sistema de jogo diferente de tudo tentado no Vitória nas últimas temporadas.

O esquema 4-2-4 não é uma novidade no futebol. A origem dele é tupiniquim e a primeira vez que foi utilizado foi 1951 pelo técnico Martim Francisco, do Villa Nova-MG.

Nas vésperas do jogo contra o Atlético-MG, Francisco precisava de um esquema fosse oposto W.M., sistema de jogo trazido pelos húngaros após a Segunda Guerra Mundial e moda na época. O Villa Nova venceu o jogo e inspirou vários times.

Na Copa 1958, o Brasil comandado por Vicente Feola assustou o mundo com o esquema. Pelé, o maior jogador do mundo era o ponta de lança, Vavá era o centroavante, Garrincha, ponta pela direita e Zagallo pela esquerda, recuado devido a indisciplina tática de Mané.

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No meio, Zito e Didi ditavam o ritmo do time. A defesa fora montada com Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos. O esquadrão trouxe a primeira Copa para o Brasil e o esquema foi conhecido pelo mundo futebolístico. O 4-2-4 seguiu vitorioso na Copa seguinte com o mesmo Brasil e sofreu uma alteração básica em 1966 com a Inglaterra.

Os ingleses recuaram os pontas para a linha do meio-de-campo para fazer um trabalho coordenado com os volantes. O nome mudou de 4-2-4 para 4-4-2.

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O esquema utilizado por Mancini sobreviveu ao tempo e chegou ao século 21 sendo utilizado por técnicos brasileiro, mas isso é assunto para a próxima coluna.


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