Ney Franco conseguiu mais um bom resultado jogando fora de Salvador. O resultado poderia ter sido uma vitória se o árbitro Carlos Vera Rodríguez não tivesse marcado um pênalti à la Campeonato Brasileiro. De toda maneira, o empate fora de casa dá ao Vitória uma vantagem indispensável para avançar rumo as quartas de finais da Copa Sulamericana.
Diferentemente do Campeonato Brasileiro, o Vitória na Copa Sulamericana tem um bom comportamento fora de casa. Contra o Sport, Ney Franco apostou em um 4-1-4-1 com duas linhas no meio de campo e muita velocidade nas laterais, já contra o Nacional-COL, a opção foi por 4-4-2 com um losango no meio de campo para não desgastar fisicamente a equipe em um campo com dimensões maiores e com uma altitude de 1500 metros.
O objetivo era impedir a transição veloz do Nacional e ter um contra-ataque sempre bem armado com Beltrán e William Henrique, que entrou no lugar do lesionado José Welison. Com o volante da base, Edno era o “engache”, responsável por marcar o volante Medja e se posicionar como atacante com a bola. Após a substituição, o camisa 26 do Vitória virou um volante pelo lado esquerdo, enquanto Marcos Júnio, o meia armador.
O gol do Nacional com 3 minutos de jogo não abalou o Vitória, que manteve a sua postura e foi premiado com um gol no final do primeiro tempo. Aguiar, responsável pelas bolas paradas, fez um ótimo cruzamento para Ednei marcar.
No segundo tempo, Ney Franco ajustou o esquema para encarar um time colombiano mais ofensivo. A postura do Nacional era pressionar o Vitória no campo defensivo, enquanto o Vitória manteve a sua postura de marcar os zagueiros laterais e Medja, responsável pela distribuição de bola no setor de meio-de-campo. Assim como o Nacional fez o primeiro com 3 minutos, o rubro-negro virou com 3 minutos do segundo tempo.
Bastava o Vitória “cozinhar” o jogo no meio-de-campo e explorar a velocidade dos contragolpes, mas o Nacional colocou os titulares poupados devido a sequência de jogos: Sherman Cardenas e Trellez. O time de Medellín cresceu, mas não criou oportunidades para Gatito Fernández fazer grandes defesas. Aos 20 minutos, o árbitro Carlos Vera interferiu no resultado do jogo ao marcar pênalti após um toque de mão involuntário de Ednei.
No dia 16 de outubro, o Vitória é favorito para classificar pela vantagem de ter marcado dois gols fora de casa. Pelo Brasileiro, com o grupo completo, o rubro-negro precisa repetir a mesma postura para somar os seis pontos nas próximas duas partidas em casa.