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Vitória de Drubscky: A melhor defesa e o pior ataque dos últimos cinco anos

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Não tem como analisar a partida entre Vitória e Juazeirense. O motivo é simples: Não houve futebol, nem algo parecido. Em um gramado ruim e sob forte calor, o rubro-negro sofreu para atacar por falta de organização tática, erros de passes e repetiu a mesma falta de criatividade dos outros jogos. Não teriam novidades para o nosso leitor, apesar das estreias de Dakson, Maracás e Ramon.

Ao empatar com o Juazeirense, Ricardo Drubscky completou dez jogos no comando técnico. Apesar de não ter perdido nos últimos oito jogos, o time não convence, nem na defesa, nem no ataque. O jogador mais regular é o goleiro Fernando Miguel que evitou algumas derrotas. No ataque, Jorge Wagner, Neto Baiano e Rogério, cada um tem dois gols e só.

O aproveitamento geral é 57%, com cinco triunfos, quatro empates e uma derrota. São 12 gols marcados (uma média de 1,2 por jogo) e 5 sofridos (0,5 por jogo). Os melhores aproveitamentos são dos times de 2013 com Caio Júnior e 2010 com Ricardo Silva, com 66% dos pontos. Enquanto o time de Caio marcou 18 gols e sofreu 10, o de Silva marcou 22 e sofreu somente 9.

Em termos de gols, os times de 2012 com Cerezo e o de 2010 são os melhores com 22 gols, já o pior defensivamente é o de 2014 com Ney Franco com 11 tentos sofridos. Como o nível do Baiano não é bom, sempre que o início foi irregular, a temporada não foi boa, e em 2015, tem sido assim.

Para um técnico se manter empregado no futebol brasileiro, ele tem controlar três vertentes: um futebol convincente, bons números e um bom relacionamento com os jogadores, direção e jornalistas. Quando dois desses são questionáveis, é hora de se refletir sobre a sequência de trabalho.

Seja pela falta de boas contratações ou de adaptação dos jogadores do elenco, Drubscky não conseguiu encaixar o seu sistema de jogo. O Vitória não consegue jogar de forma organizada no ataque, sofre para marcar e depende das boas atuações de Fernando Miguel para não ser derrotado. Nos três jogos que teve um jogador a mais, o rubro-negro não soube se impor.

No Baiano, o time acabou a primeira fase com a melhor defesa (1 gol sofrido), mas com o sétimo pior ataque (4 gols marcados). Dos seis jogos, só venceu dois e empatou outros quatro, sendo três sem gols. No Nordeste, uma campanha dentro do esperado, porém sem apresentar um bom futebol.

Se após o jogo contra o América/RN, Escudero, capitão do time, reclamou do posicionamento em campo, no jogo de ontem, foi a vez de Neto Baiano, um dos líderes do grupo, reclamar do time. O argentino foi sacado do time contra a Juazeirense sem motivo aparente por opção técnica. Indo contra os “cabeças” do grupo, o clima dos vestiários pode piorar.

A não ser que mude da água para o vinho em três dias, o destino de Drubscky pode ser a saída. E se acontecer não será pelos números, será pela falta de bom futebol e organização tática.


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