Após a reunião do Conselho Deliberativo do Vitória, que ocorreu na noite da última segunda-feira (29), o presidente Raimundo Viana concedeu entrevista e falou sobre sua frustração com o encontro e também sobre as eleições diretas.
Acerca de suas expectativas, Viana mostrou-se decepcionado. “A minha expectativa era que chegando aqui, o presidente do Conselho Deliberativo colocasse em votação as emendas dos conselheiros em ordem de apresentação, mas isso não aconteceu”, afirmou.
Quando questionado sobre as eleições diretas, Raimundo Viana citou exemplos de rivais. “Não é alfinetada no Bahia não, mas onde é que o Vitória está? Na primeira divisão. Qual é o sistema de eleição? Indireta, pelo conselho. E onde está o Bahia? Tem eleição direta, na segunda divisão. O Vasco da Gama também, a mesma situação. Forma de eleição não diz da grandeza do clube. Tem muito clube grande no Brasil que a eleição é indireta pelo conselho”, pontuou.
No entanto, em contradição com seus argumentos anteriores, o atual presidente do Esporte Clube Vitória deu seu posicionamento, mas com uma ressalva. “Estou me declarando a favor da eleição direta, mas pelo andar da carruagem estou vendo meio complicado, porque ninguém quer avançar, sempre tem algo para atrapalhar uma decisão. Assim não acaba nunca”, finalizou.
O Vitória é de fato regido por uma classe aristocrata. E uma das características da aristocracia foi sua cegueira com a real situação. Com sua real condição no mundo. Uma fala como essa é lamentável. Não há como deter as eleições diretas, o que eles podem fazer é mostrar para o torcedor motivos convincentes para que a diretoria seja renovada. Ou haverá eleições diretas ou logo não haverá mais clube para sanguessugas retirarem. O Vitória entrará em uma crise cíclica alá Portuguesa e ai, no buraco, no fundo do poço, quem sabe a torcida recupere seu time do coração.