Ivã já foi. Temporariamente? O que virá?
Cinematográfica – O afastamento de Ivã da presidência do Vitória foi algo de cinema. Se fosse para as telonas, representaria o Brasil no Oscar com sobra.
Todos pularam do barco – Ivã só deixou o clube quando se viu completamente isolado. Todos os diretores entregaram uma carta de renuncia ao presidente do Conselho Deliberativo, Paulinho Catharino. A ideia era colocar na cabeça de Ivã que a melhor solução seria o pedido de licença para a continuação da gestão, em vez de renúncia ou destituição. Para o segundo caso, já existia uma lista com mais 150 nomes de conselheiros.
Ivã lutou – Pressionado e sem o apoio dos “correligionários”, Ivã tentou apelar até para antigas lideranças do clube. Dentre elas, o midiático Ricardo David.
Último tiro – Antes de recusar o convite para ser o CEO do Vitória, David entrou em contato com Catharino para saber da situação. Paulinho explicou os fatos e David pulou fora – mas aproveitou o espaço para se colocar à disposição de ajudar na gestão em caso da saída de Ivã.
Ivã desiste – Ao chegar no Barradão para o jogo contra o Grêmio, na última quarta-feira, Ivã já estava moralmente fora. Visivelmente abatido, logo comunicou ao presidente do Deliberativo, Paulinho Catharino, que iria se licenciar.
E agora? – O afastamento de Ivã tem tempo determinado de 90 dias corridos. Ou seja, no dia 17 de outubro, ele retorna ao cargo. Porém já existe uma corrente no clube para que ocorra a destituição do conselho diretor via Conselho Deliberativo, em dezembro. Com isso, ocorreria a convocação de uma AGE para a escolha do novo presidente.
Contudo… – Outra corrente fala em eleições diretas de forma imediata. Os líderes desse processo compõem a “Liga do Bem”, reunindo ex-presidentes atualmente no conselheiro, com exceção de Raimundo Viana, embora tenha sido colocado entre os participantes.
Mundico facts – Mundico explicou ao Arena que recebeu o convite para o almoço, mas optou por se manter neutro e disposto para ajudar o clube no que precisar.
Enquanto isso – O vice Agenor e o diretor estatutário Leonardo Amoedo tocarão o clube. A ideia, dizem, é contratar um profissional para gerir o Vitória. Mas nada confirmado oficialmente.
Dois saíram – A mudança na presidência culminou na saída do diretor médico, Gilson Meirelles, e do membro do Conselho Fiscal, Adriano Rangel. Outros ainda podem deixar o clube nas próximas horas.
Apaziguador – Durante toda a tempestade, Paulinho Catharino assumiu a postura de líder da “turma do deixa disso”, acalmando os ânimos internamente, conversando com os jogadores, e fora do clube, dialogando com as mais diversas lideranças.
Readequação – O Vitória reduziu o seu padrão de suas contratações. De medalhões, ao custo dos olhos da cara, à jogadores com salários nos valores entre 50 e 70 mil. Vide Carlos Eduardo, Danilinho e Juninho.