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70 dias de Mancini: como o treinador mudou a autoestima de um clube

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Na memória do torcedor rubro-negro, o dia 25 de julho será marcado como dia da nova vida do Vitória. Foi nessa data que o presidente em exercício, Agenor Gordilho, anunciou a contratação da dupla Vagner Mancini e Cleber Giglio. O primeiro assumiu o comando técnico do time e o segundo passou a comandar o departamento de futebol.

Naquela época, o Vitória estava agonizando na Série A, com 12 pontos em 16 jogos. Até aquele momento, o Leão havia vencido apenas dois jogos no certame nacional. E se hoje, o rubro-negro é o 11º colocado, muito disso se deve ao trabalho de Mancini.

Equipe

Mancini fez um verdadeiro choque de gestão. Duas mudanças foram significativas. O retorno de Valter Abrantes ao clube como auxiliar técnico e a promoção de Lucas Itaberaba a preparador físico principal.

Os dois são os pilares para o bom trabalho do time em campo. Enquanto Abrantes cuida da analisar os adversários e apresentar as melhores estratégias a Mancini, Lucas é o cara responsável por colocar o time em forma.

Não por coincidência, o Leão tem chegado mais inteiro ao final dos jogos. O rubro-negro marcou quatro gols nos últimos minutos das partidas. Isso representou quatro pontos na conta.

Esquema tático

Mancini encontrou a sua base de trabalho conforme o tempo foi passando. Hoje, o torcedor rubro-negro consegue escalar o Vitória ideal com facilidade: Fernando Miguel; Caíque Sá, Wallace, Kanu e Juninho; Ramon, Uillian Correa, Yago e David; Neilton e Tréllez.

Essa formação só entrou em campo em três ocasiões: na histórica vitória diante do Corinthians por 1 x 0 no Itaquerão, no triunfo contra o Coritiba no Couto Pereira, também por 1 x 0, e na única vitória de Mancini no Barradão: Vitória 3 x 1 Ponte Preta. As alterações foram quase sempre por lesões e suspensões.

Em dez jogos, Mancini só barrou um “titular” por conta de questões técnicas. Foi no jogo contra o São Paulo, no Barradão. Kieza, retornando de lesão, foi titular na vaga de David e o Leão acabou saindo derrotado.

No plano tático, Mancini tem sido bem prático: 4-4-2 com dois meias e dois atacantes. Fora de casa, linha baixa com foco na transição em velocidade. No Barradão, marcação mais avançada e um time que tenta trocar mais passes, embora ainda falte profundidade em alguns momentos.

Barradão: a pedra no sapato

Se fora de casa, o Vitória é um bicho papão, em casa, a coisa muda de figura. Em quatro jogos em casa, Mancini venceu apenas um, perdeu dois e empatou uma vez.

O único triunfo foi na estreia: 3 x 1 contra a Ponte Preta. O preocupante é que duas derrotas foram para adversários diretos. Até o fim do certame, Mancini terá seis jogos para melhorar o desempenho do Leão dentro do santuário.

Números

Desempenho: 66,7% (6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas);

Esse desempenho colocaria o Vitória na segunda colocação do campeonato, atrás apenas do Corinthians.

Foram 16 gols marcados e 9 sofridos. Santiago Tréllez marcou cinco e Neilton fez quatro;

Base Pet: Dos onze titulares, quatro foram contratados por Petkovic (Tréllez, Juninho, Wallace e Yago). Fillipe Soutto virou uma espécie de décimo segundo jogador: disputou 70% dos jogos sob comando de Mancini;

Visitante indigesto: O Vitória é o segundo melhor visitante, com 23 pontos conquistados longe do Barradão. Mancini conquistou 16 desses pontos.

Detém o recorde de vitórias consecutivas fora de casa no atual Brasileirão: cinco. O Corinthians, líder, conseguiu apenas três;

Returno: terceiro melhor no returno com 13 pontos conquistados em 18 disputados.

 

 

 


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