O rubro-negro baiano segue engajado em importantes causas sociais. O clube fez uma parceria com a Central Estadual de transplantes, que é ligada a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), para estimular a doação de órgãos. Antes da bola rolar para o jogo entre Vitória e Brasil de Pelotas no Barradão, os jogadores estavam perfilados e vestidos com uma camisa fortalecendo a campanha #doeorgaos
De acordo com dados da Sesab, em 2019 foram feitas 589 doações de córneas e outras 122 de múltiplos órgãos. Com isso, houve uma redução de 75% para 55% em negativa familiar para doações, nos últimos dois anos, e aumento de 13,39% no número de transplantes realizados, quando comparados o primeiro semestre de 2018 e o de 2019. A Bahia é o 8º estado no ranking nacional de doação de órgãos.
Duvidas mais comuns:
Quais órgãos podem ser doados por doador vivo?
O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão ou parte da medula óssea.
Quem pode fazer doações em vida?
Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores em vida. Não parentes, somente com autorização judicial. Precisa ser uma pessoa juridicamente capaz, que tenha sido submetida a rigorosa investigação clínica, laboratorial e de imagem, e esteja em condições satisfatórias de saúde, possibilitando que a doação seja realizada dentro de um limite de risco aceitável.
Qualquer doador falecido pode doar todos os órgãos?
Existem dois tipos de doadores falecidos: doador falecido após morte cerebral: paciente cuja morte cerebral foi constatada segundo critérios definidos pela legislação do país e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória. Neste caso, pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões; e o doador com parada cardiorrespiratória: doador cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios (coração parado). O doador nesta condição pode doar apenas tecidos para transplante (córnea, vasos, pele, ossos e tendões).
E se a pessoa morrer em casa e a família desejar doar os órgãos/tecidos?
Neste caso, apenas as córneas poderão ser doadas. A retirada de outros tecidos, como pele e tecido ósseo, requer um ambiente apropriado, como um hospital. A doação só será possível se for realizada em até seis horas após a parada circulatória (parada cardiorrespiratória). A declaração de óbito deve ser providenciada e imediatamente comunicada a intenção de doar à Central Estadual de Transplantes. A central acionará um Banco de Tecidos Oculares, cujo profissional fará todos os procedimentos necessários à retirada da córnea, inclusive a reconstituição do corpo. Caso a morte tenha decorrido de causa não natural, o corpo deverá ir para o IML para ser submetido a necropsia.
Após a doação, o corpo do doador fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.
Como é a recomposição do corpo do doador?
Para doação de tecidos oculares, o profissional coloca uma prótese ou outro material, como gaze, no lugar do globo ocular, e para fechamento das pálpebras pode ser usada uma cola apropriada ou pontos internos (não aparentes), de forma que o doador permaneça com o mesmo aspecto. Para doação de tecidos músculo-esqueléticos, a equipe de retirada reconstitui o corpo do doador com próteses apropriadas. Para doação de pele é retirada somente uma fina porção da pele do dorso das costas e das coxas, sem alterações na aparência do doador falecido. Após a retirada dos órgãos e tecidos, a equipe médica recompõe o corpo do doador, sendo visíveis apenas os pontos do local operado.
Qual é o custo da doação para os familiares do doador?
Nenhum. A família do doador não paga nada e tampouco recebe qualquer pagamento pela doação. A doação é um ato humanitário, que pode beneficiar qualquer pessoa, sem distinção de sexo, credo, raça, etc.
Fonte: Ministério da Saúde