Mais um dia e mais uma polêmica envolvendo o futebol feminino no Esporte Clube Vitória. O rubro-negro, que vinha evoluindo na categoria, com direito a título baiano e 9º lugar no Brasileirão, vê cada vez mais a falta de apreço da diretoria pelas Leoas.
Em entrevista à Rádio Metropole FM, Fábio Mota, presidente do Conselho Deliberativo do rubro-negro, destacou que não há nenhuma pretensão da diretoria em investir no futebol feminino.
“As jogadoras de futebol feminino não são nem contratadas. Não tem carteira assinada, são bolsistas do Vitória. O Vitória só tem futebol feminino por obrigação, se não fosse assim, não teria porque ter futebol feminino em uma crise dessa que a gente não tá tendo dinheiro nem pra pagar o masculino, que é o que sustenta o clube”, afirmou.
Mota ainda fez uma analogia com contas domésticas para ressaltar o que é prioridade ao Vitória no momento. “Você administra uma casa. Na frente da sua casa, tem os boletos para pagar. Tem o boleto da água, da energia e gás. Você tem que escolher a prioridade para não parar. No primeiro momento, tem que pagar a luz e a água para não serem cortadas. Depois que melhorar, paga o restante”, disse.
Em crise financeira, o Vitória gerou polêmica ao não destinar os R$ 120 mil enviados como auxílio da CBF ao futebol feminino para as Leoas. O presidente Paulo Carneiro revelou que o clube deve cerca de R$ 45 mil às jogadoras.
Como forma de ajudar as meninas, que vem passando por dificuldades, o grupo Frente Vitória Popular realiza uma ação para que torcedores possam fazer doações que serão destinadas às jogadoras. Saiba mais clicando aqui.