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Um time inteiro de atacantes. Pra quê?

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O Vitória está a beira do abismo da Série C. Com 26 pontos e a 18ª posição, o Rubro-Negro dá passos largos para a queda. E um dos grandes motivos para o fracasso está nas péssimas contratações para o setor ofensivo para a disputa da Série B deste ano.

Foram contratados 11 jogadores na atual temporada: Walter, Aníbal Vega, Ygor Catatau, Wesley, Guilherme Santos, Samuel Granada, Dinei, Ronan, Marcinho, Manoel e Fabinho. Somados, os atletas só conseguiram marcar oito gols em 2021.

Foram três de Catatau, que já deixou o clube, dois de Dinei, lesionado e que está fora até o final do ano, dois de Marcinho, que chegou em agosto, e um de Guilherme Santos. Walter, Aníbal Vega, Wesley, Samuel Granada, Ronan e os recém-chegados Manoel e Fabinho passaram em branco até então.

Os números mostram como os jogadores, de fato, não tinham credenciais para fazer sucesso em 2021. Eram, em muitos casos, apostas, como gostava de dizer o ex-presidente Paulo Carneiro. Apostas que deram muito errado.

Encabeça a lista dos piores os atacantes Wesley e Aníbal Vega, que não marcaram em 2021 e também não haviam marcado no profissional no ano anterior. Vega fez três gols no sub-20 do Palmeiras. Apesar disso e do extracampo, Wesley segue no grupo e já tem 421 minutos em campo dando desgosto ao torcedor.

Walter foi outro que passou e não deixou saudade. Em luta contra o sobrepeso, o atacante só tinha marcado um gol em 2020, e mesmo assim veio ao Leão. Não agradou.

Fotos: Raul Pereira / EC Vitória

Outro bastante criticado pela torcida foi Guilherme Santos. Contratado após artilharia pelo Atlético-MG do Campeonato Brasileiro sub-20, o atacante foi um dos que teve mais chances pelo Leão. Foram 654 minutos só pela Série B e nada. Nenhum gol marcado. Só teve uma noite de brilho, com um gol e uma assistência quando o Vitória derrubou o Inter-RS na Copa do Brasil.

Dinei e Ronan

A dupla de atacantes preferida do torcedor rubro-negro chegou após bons desempenhos no campeonato estadual. Dinei, já com histórico no clube, não precisou fazer muito para voltar a agradar a torcida. Foram dois gols contra o Vitória pela Jacuipense e mais um no campeonato estadual que, apesar da idade, o trouxeram de volta à Toca. Nesta passagem, foram dois gols em 13 jogos, até que foi substituído por uma lesão no joelho. Acreditem, o melhor aproveitamento entre os 11 contratados na função.

Já Ronan, não teve as mesmas oportunidades do centrovante. Desde que chegou, só participou em sete jogos e apenas dois como titular. Mesmo assim, o atleta foi afastado da equipe principal e não faz mais parte dos planos do treinador Wagner Lopes. A explicação: coisas internas.

Ronan
Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

Situação parecida viveu o centrovante Samuel Granada. Com 11 gols na temporada anterior, contando Brasileiro de Aspirantes, sub-20 e Brasileirão, o jovem de 21 anos só participou em três jogos do Leão na Série B e assistiu Eron assumir o lugar quando a equipe ficou sem Samuel e Dinei à disposição do treinador. Não marcou.

O único que teve algum sucesso com a camisa do Vitória e se tornou referência em uma ataque inexpressivo foi Marcinho. Desde que chegou, são 14 jogos com dois gols marcados e uma assistência. Atualmente, é o único fio de esperança no ataque do Vitória.

Por último, Manoel e Fabinho ainda não tiveram muito tempo de mostrar o potencial. Mas, dado o péssimo retrospecto e escolhas do futebol do Vitória, a perspectiva não é das melhores. Manoel vem da série C, com 22 gols na temporada pelo Altos-PI. Já Fabinho vem da Chapecoense, e só tem dois gols no ano. É esperar para ver.


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