Não tem outro adjetivo. O time do Vitória foi para a sua primeira decisão na temporada 2022 e quase perde a partida para a equipe do Castanhal do Pará, que nunca jogou sequer a Série C do Campeonato Brasileiro.
Este foi o sétimo jogo do plantel rubro-negro em 2022 e, até agora, a equipe não encaixou. São quatro empates, duas vitórias e uma derrota na temporada, mas o pior são as apresentações em campo: muito fracas e sem qualquer brilho para uma agremiação que quer subir logo de divisão.
Hoje, Dado veio com novas mudanças. Mateus Moraes no lugar de Alisson Cassiano e o atacante Erik no lugar de Guilherme Queiroz. As alterações já não agradaram parte da torcida, que queria Mateus Moraes no lugar de Ewerton Páscoa. No caso de Erik, não deu para entender muito bem o seu posicionamento durante o jogo. Apesar de vestir a nove, não me pareceu ter habilidade e faro de gol para assumir a posição de centroavante.
Assim, o Vitória veio com os três homens de meio: João Pedro, Eduardo e Jadson e três atacantes: Roberto, Luidy e Erik. Mas o que se viu, tanto ofensivamente, como defensivamente, foi uma partida horrorosa dos titulares, com erros de passe, falta de transição ofensiva e erros na saída de bola perigosos. E foi numa dessas falhas de Ewerton Páscoa e Mateus Moraes que o Japim – como é chamado o aurinegro-, tomou a bola e marcou o seu gol logo no primeiro tempo. A tragédia era anunciada.
Porém, a bola parada serviu ao Vitória dessa vez. Vicente, um dos poucos que tiveram atuação digna na equipe, fez o cruzamento na área, que contou com desvio de Páscoa e arremate de cabeça de Moraes. Pronto, a dívida do gol anterior dos dois atletas estava paga.
Mas, fora a bola parada que resultou no gol, o Vitória esteve perdido em campo. E isso se deve principalmente ao meio-campo apagado do Leão. Eduardo não esteve bem e Jadson naquele mesmo joguinho para o lado na maioria das vezes, acertou apenas dois passes importantes para Luidy e Queiroz no segundo tempo e foi só. Enquanto isso, o Castanhal era todo ataque, apesar da pouca qualidade em alguns momentos. O que se viu na segunda etapa foi um verdadeiro sufoco dos paraenses em um Vitória atordoado.
Dado Cavalcanti ainda fez mudanças ao atacado e finalizou o jogo com o setor ofensivo armado com Alan Santos, Gabriel Santiago, Alisson Santos, Jeferson Renan e Guilherme Queiroz. Queiroz, infelizmente, vem caindo o rendimento de forma vertiginosa desde o Ba-Vi. Destes, apenas Alisson foi mais arisco e teve dois bons chutes de meia distância defendidos pelo goleiro do Castanhal.
Uma das poucas certezas que tenho sobre esse time é que muita coisa tem de mudar. Dado já está em seu sétimo jogo e não apresenta melhor desempenho dos seus comandados. É bom abrir o olho porque a Série C é logo ali.
