O Vitória jogou no último domingo com o ABC precisando vencer no quadrangular final e apagar a má exibição contra o Figueirense na segunda rodada. Gabriel Honório, enfim, foi escalado como titular e foi, durante todo o jogo, o principal atleta de criatividade no meio campo do Leão. Mas o Rubro-Negro não conseguiu superar o time potiguar dentro de casa e agora terá de vencer fora de casa se quiser o acesso para a Série B 2023.
É bem verdade que o empate foi justo. Apesar de que no futebol não existe justiça e sim bola na rede, o Vitória não fez um jogo para sair vencedor. É só olhar as chances desperdiçadas também pelo ABC, que fez o goleiro Dalton operar milagres em duas oportunidades.
O fato é que alguns atletas rubro-negros têm se apresentado abaixo da média. São os casos de Dionísio e Rafinha, por exemplo. O meio de campo, considerado peça-chave pelo treinador, não tem feito boas partidas no quadrangular, tanto ofensivamente como defensivamente. Em alguns momentos, parece se esconder da criação. Em outros, está distante na marcação dos jogadores adversários. Já Rafinha apareceu pouco nos últimos jogos. Neste, em especial, parece ter sentido a coxa logo no início do jogo e isso, segundo o treinador, afetou o seu desempenho.
Um ponto positivo da partida de domingo foram as alternativas táticas oferecidas pelo time no decorrer da partida. Primeiro, João Burse recuou Léo Gomes para tentar uma saída de bola com maior qualidade. Depois acionou os dois centrovantes com Rodrigão e Dinei, forçando as jogadas de chuveirinho. Ainda sacou Dionísio de campo, terminando o jogo em um 4-2-4 que deixou os torcedores mais conservadores (que aceitaram o empate) preocupados com a falta de marcação no meio.
Porém, o que se percebe é que o Vitória vai muito mais na luta do que na qualidade técnica. E vai ser assim até o final já que este é o elenco rubro-negro. Agora, é esperar a partida de sábado e torcer pelos três pontos na tabela virem.