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Na força de uma torcida colossal

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2022 não foi um ano fácil para o Vitória. Tinha tudo para ser mais um como outros tantos dentre as últimas temporadas. Dor, sofrimento, fracasso e tristeza. Tudo se encaminhava para isso outra vez.

Os indícios levavam a isso. Um time montado às pressas por causa do transferban levou a um início de ano conturbado. Eliminado pelo QUARTO ANO SEGUIDO na primeira fase do Campeonato Baiano, não disputamos a Copa do Nordeste após fracassar na preliminar (disputada ainda no ano anterior). Dado Cavalcanti se foi, veio Geninho. Na Copa do Brasil, passamos sem tanta tranquilidade diante de adversários bem inferiores até sermos eliminados pelo Fortaleza na 3ª fase.

Mas ok, o objetivo era a Série C. E que susto foi esse começo, hein? Três jogos, três derrotas. Geninho, que chegou para salvar, após quatro partidas foi mandado embora. Chegaram Rodrigo Pastana, diretor que acumulava polêmicas na carreira e um desconhecido Fabiano Soares para o cargo de técnico.

O time parecia que ia melhorar, mas ainda não engranava. Então saiu Fabiano, veio Burse. Velho conhecido, com muito sucesso na divisão de base. Mesmo sem muita confiança no time, uma chave foi virada.

O Barradão, que mal passava de 5 mil pessoas por jogo, começou a lotar em toda partida. Nenhum jogo abaixo de 20 mil pessoas presentes. Nas redes sociais, nas ruas, o torcedor rubro-negro engoliu a seco o próprio sentimento negativo, a raiva que passava, e passou a bradar a plenos pulmões: O VITÓRIA É COLOSSAL!

E o time, ainda fraco, desacreditado e abatido, ouviu. Se não tinha técnica, ia na raça. Rafinha, que chegou após passar por três clubes e marcar apenas dois gols, engrenou. Bons jogos e gols marcados, liderou o time nessa fase complicada. COLOSSAL!

Quando tínhamos 2% de chance de acesso e o rebaixamento para a Série D sim uma realidade, cada rubro-negro na arquibancada pegou o time pelo braço, puxou, ergueu. Gritou: DEUS ME LIVRE NÃO SER VITÓRIA. Teve aeronego, teve corredor, teve até carreata. O Vitória não estava mais sozinho, a torcida estava lado a lado.

Se alguém tinha dúvida, não tem mais. Torcida ganha jogo. Torcida leva o time para cima e conquista acesso. O Vitória não jogou tão bem assim na fase final, pelo contrário. Parecia que o gás tinha acabado, mas já não tinha mais jeito. Era nossa e ninguém mais tirava. Quando acabou o jogo entre Figueirense e ABC, o grito na garganta já podia ser liberado. O VITÓRIA SUBIU!

Subiu porque os jogadores ouviram a arquibancada gritar que o time era COLOSSAL. Subiu porque a torcida se fez acreditar. Subiu porque não tinha mais como não subir.

Na força de uma torcida COLOSSAL, o Leão encontrou o seu caminho. E que siga assim, pois esse é só o primeiro passo.


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