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Análise: Previsão de 10 contratações mostra carências em todos os setores do Vitória

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Parece que 2023 vai começar do zero para o Leão. Assim como no ano anterior, onde houve a chegada de uma grande leva de atletas no início do ano e que resultou na permanência de poucos para a disputa da Série C, o Vitória vai passar por nova reformulação no elenco para a disputa do campeonato nacional.

Os primeiros passos já começam a ser dados. Ontem, o novo executivo de futebol do Vitória, Ítalo Rodrigues, foi apresentado com a missão de acertar nas novas contratações. Carências não faltam no atual elenco, tanto é que estão previstas 10 contratações para o início da disputa da Série B.

“Óbvio que vai ter uma reformulação, a gente acredita que entre oito a dez atletas, possibilidade para menos ou mais. (…) É difícil citar exatamente o número, porque tem muito a ver com disponibilidade do mercado e o que o mercado tem para nos oferecer. Dez dispensas e dez novos contratados podem surgir, dependendo do que o mercado pode oferecer, diante do que a gente tem. Óbvio que a gente precisa ter responsabilidade com a parte financeira do clube, com os contratos assinados, e cumprir e fazer sim esse grupo da forma mais competitiva possível para fazer Série B e conquistar o acesso”, destacou o gestor durante entrevista de apresentação.

Defesa

O fato é que, com exceção do gol, já que o goleiro Thiago Rodrigues (foto) foi contratado e já treina na Toca, o Vitória tem inúmeras deficiências. O setor defensivo, por exemplo, desagrada em todas as posições. A exceção de Zeca, que joga pela duas laterais, poucas peças mostraram qualidade desde que chegaram, o que reforça a necessidade de mudanças.

Foto: Daniel Ramalho / CRVG

Jogadores como João Lucas, Dankler, João Victor e Camutanga são muito criticados pelas más atuações no ano. Guilherme Lazaroni e Vicente, com contratos encerrando em abril, também não devem continuar no elenco. O lateral-direito Railan, apesar de líder em assistências no clube em 2023, também está longe de ser unanimidade.

Sendo assim, o Vitória vai precisar correr muito atrás de jogadores para a lateral-esquerda, lateral-direita e zagueiros. Inclusive, alguns nomes já vem sendo negociados (veja aqui).

Meio de campo

No meio de campo, o Vitória tem dificuldades básicas, tanto na fase defensiva quanto na parte ofensiva. Para se ter ideia, o técnico Léo Condé passou a utilizar o zagueiro Marco Antônio na posição, dada a insuficiência do elenco na marcação de frente de zaga. Além de Léo Gomes, o Rubro-Negro não tem outros atletas capazes de fazer essa tarefa. Sem Dionísio (machucado) e Eduardo em péssima fase, outras tentativas já foram feitas, mas sem sucesso.

Um dos poucos que deram certo neste primeiro semestre foi o volante Rodrigo Andrade (foto), porém, como tem contrato encerrando em agosto deste ano, o processo de renovação pode complicar a manutenção do atleta na equipe.

Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

Na parte ofensiva, mais problemas. Há alguns anos sofrendo com a falta de qualidade no setor, o Vitória iniciou o ano apostando no argentino Diego Torres e no meia Gegê para tentar municiar os atacantes. Com atuações abaixo do esperado, veio a opção do meia atacante Thiago Lopes, outro que também não se firmou na equipe. Sendo assim, o Vitória vai ter que ir em busca também de jogadores para estas posições e, muito provavelmente, dispensar alguns desses atletas que não deram certo, devido aos seus ganhos salariais.

Ataque

Para finalizar as necessidades, os atacantes do Vitória também estão na mira da insatisfação dos torcedores. Contratado como o novo número 9 do Leão, Léo Gamalho é o que mais decepcionou. São apenas dois gols em 12 jogos com a camisa do Leão. Santiago Tréllez também só marcou duas vezes nas 16 oportunidades em que esteve em campo.

Quando o assunto são os atacantes de beirada, apenas dois estão um pouco na frente dos demais. Embora longe do melhor momento da carreira, Osvaldo (foto) já marcou três gols, tem duas assistências na temporada, e, em muitos jogos, foi o atacante que mais causou preocupação aos adversários. Em seguida, vem Rafinha. Destaque em 2022, o atleta ainda não engrenou em 2023. Está com três gols na temporada.

Foto: Pietro Carpi / EC Vitória

A exceção dos dois, o Vitória terá que correr atrás de mais jogadores. Nicolas Dibble e Wellington Nem não brilharam ainda com a camisa do Vitória. O cria da base, Alisson Santos, também não conseguiu se firmar e foi emprestado ao Náutico.

Por fim, esse balanço do elenco só expõe o quanto ainda falta para o Vitória realmente começar a se impor do tamanho que é. Praticamente um time inteiro a ser modificado e os 24 dias podem ser poucos para o tanto de entrosamento que esses atletas precisam ter até a primeira partida no Barradão contra a Ponte Preta. É esperar, cobrar e torcer!


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