O duelo entre Vitória e Jacobina foi válido pela terceira rodada do campeonato baiano, colocando frente a frente o 4-2-4 de Mancini e o time do antigo algoz rubro-negro, João Neto. A partida no Barradão teve como ingredientes: muitos gols, mudança no tempo e um time que não animou os pouco mais de 5.000 torcedores presentes.
Primeiro tempo
O Vitória marcou logo no início da partida. Após falta ensaiada, Tiago Real aciona o contestado Maicon Silva que lança para Ramon estufar a rede. Apesar de ter feito seu gol muito cedo (aos 46 segundos) o Leão encontrou muitas dificuldades. As ausências de Arthur Maia e Leandro Domingues refletiram em um time sem criatividade, que insistia em jogadas laterais e no individualismo de alguns atletas, principalmente do atacante William Henrique. O camisa 9 foi muito participativo mas errou a maioria das jogadas.
O Jacobina se aproveitava da pequena versatilidade do time da casa. Através dos muitos erros de passe do adversário, o time interiorano conseguia alguns contra-ataques, mas pecava na complementação das jogadas. Aos 27 minutos a zaga erra na saída de bola, Marinho retoma a posse e Diogo comete o pênalti. Diego Renan cobra com categoria e amplia o placar para o Rubro-Negro.
Aos 36 minutos o time visitante chega bem pela esquerda, João Neto dá belo giro e manda para o gol. O que parecia ser um jogo tranquilo muda de cenário com o 2 a 1. O 4-2-4 emperrava na atuação insatisfatória dos jogadores da última linha, constatado no excesso de individualismo e erros de passe.
Segundo Tempo
A segunda etapa mais parecia uma reprise do primeiro tempo (exceto pela chuva). Um Vitória travado com a pequena variedade de jogadas e o Jacobina buscando contra-atacar. A maior posse de bola determinava um domínio estéril, ainda pelos motivos anteriormente abordados e por um fortalecimento defensivo do time visitante.
Mancini faz duas substituições: Wellison no lugar de Maicon Silva e Vander por Alípio. Mesmo após estas modificações o quadro se manteve. Permanecia com mais posse de bola, mas sem versatilidade ofensiva.
Aos 37 minutos William Henrique dá lugar ao jovem Nickson. No minuto seguinte Alípio faz boa jogada pela esquerda e o garoto marca o terceiro gol. Após muitos minutos o time conseguia criar de maneira coesa.
Apesar do triunfo, o Leão pecou muito no último terço do campo. Mesmo com grande movimentação e variando do 4-2-4 para o 4-3-3 criou-se pouco, apresentando muitos passes errados e poucas jogadas em diagonal. Além disso, um individualismo por falta de opção para o passe ou por escolha do atleta e poucos chutes de fora da área (Amaral foi o líder neste quesito!?). Mesmo com os 3 pontos na conta o time não conseguiu empolgar.
Ficam aqui alguns questionamentos:
Por que a escolha de William Henrique em detrimento de David, Alípio, Gabriel ou Nickson?
O 4-2-4 será eficaz em jogos de pouca criatividade como foi neste domingo?
A solução está no centroavante que está por vir ou em outra formatação tática?
O mês de março está próximo e o Brasileirão é logo ali.
Mancini aposta no 4-2-4, que exige uma mentalidade diferente de jogadores que não necessariamente estão capacitados para isso. Discordo da análise, o segundo tempo teve muita criação e um time bem compactado. O Jacobina deu, se não me engano, um chute na meta, enquanto que o Vitória dobrou suas chances. Esqueceu de mencionar as inúmeras intervenções do Chitão, goleiro jacobinense. Era um time desfalcado, que não tinha criatividade, mas que com a troca de passes e o jogo de Real e Farias chegava na frente. Não entendo porque o WH ainda está no time, é evidente que jogadores na base podem fazer melhor aquele papel. Também não entendendo porque a entrada do Nickson aconteceu como meia extremo, não central, que é onde ele mais jogava na base. Do mais, a chegada de um centro-avante vai completar a tática do time. Creio que o Mancini esteja se preparando para isso. É preciso que chegue logo.
Futebol horroroso, precisa melhorar muito, mas muito mesmo; jogou o mínimo pra vencer (com gols horríveis, diga-se de passagem, até o pênalti foi mal cobrado), levou um gol em uma falha primária, onde João Neto girou pra o lado onde estaria livre, qualquer um previu isso, exceto Vinicius; em alguns momentos, o toque de bola do Jacobina era mais consciente que o do Vitória. Resumo da ópera: 1 semana e meia sem jogar, apenas treinando, pra apresentar um futebol horrível como o de ontem.
Gabriel concordo com vc, não esta de se jogar fora o segundo tempo foi um time com consciência tática, botamos o Jacobina na roda, claro falta peças, e vejo que na posição do W.Farias o Welisson seria melhor com melhor saída de bola, mas acho que Mancini não quer colocar os garotos na fogueira e queimar num momento de estrema cobrança…vejo futuro com algumas peças de reposição…tem que ter cuidado com esse dito 9 pois tem que ser jogador de movimentação e inteligencia e não apenas finalizador…pra mim mais ao estilo do Rogério e do Kieza hoje ambos no são paulo do que do Rafael Moura..mas gosto dessa forma de jogar….Ha e antes que me esqueça o que faltou no primeiro tempo foi a marcação adiantada da saída de bola sem isso esse esquema não funciona