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No Meio do Jogo: Receita para derrotar a crise

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Está nos manuais de gestão de crise. Seja rápido, fale tudo o que puder, seja honesto e assuma o controle. Essa é a fórmula simples que a direção do Esporte Clube Vitória deve seguir nos próximos dias de comando do clube. Afundado em maus resultados e equívocos de gestão, o momento é de olhar para trás e planejar os últimos cinco meses do ano de uma forma diferente.

Não estou querendo procurar culpados. O momento não é esse. Mas é bom olhar para o passado no intuito de redefinir o futuro. Desde o início do ano, do início da gestão “Vitória do Torcedor”, até agora, faltou um pouco de leitura para minimizar o cenário de crise que se avizinhava.

  • Em tempos de crise, em qualquer organização, os inimigos sempre vão querer crescer para cima de quem está fragilizado. As críticas aparecem e os gritos de que “tudo está perdido e só o impeachment resolve” também. Vide o cenário nacional brasileiro.
  • A mídia tem papel fundamental nesse processo. Segundo o especialista Yves Mamou (1992,p.103) a mídia “é decididamente um elemento chave nos conflitos de poder”. Faltou tato com a imprensa por parte dos gestores que, ou quiseram se fingir de morto em alguns momentos, ou foram duros demais em outros.
  • Não dá para um clube com mais de 118 anos de história deixar vazar áudios de médico fazendo análise sobre jogador, dados sobre contratos e outras disputas internas da organização. Isso só demonstra o quão desorganizada e desunida se encontra a empresa.
  • Porta-voz. Faltou liderança dentro do clube. O nome de mais credibilidade, Sinval Vieira, não resistiu à pressão. Situações como a do jogo contra a Chapecoense, em que o técnico interino, Flávio Tanajura, fala de Carpegiani e é desmentido pelo gestor de futebol, Petkovic, minutos depois, são inaceitáveis do ponto de vista gerencial.

É hora de aprender com os erros. O torcedor rubro-negro, hoje, está mais esperançoso do que ontem. A saída de Petkovic (justa ou não) trouxe esse ânimo. Mas é preciso separar as duas coisas. É preciso arrumar a casa dentro da administração da organização. Um retorno do bom futebol, será consequência. É isso o que torcemos. Porque seremos Vitoria, sempre.

*A coluna No Meio do Jogo trata das interferências que o extracampo tem no futebol de Vitória. Sem partidos, sem picuinhas.


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