Maior clássico do nordeste, o duelo entre Vitória e Bahia movimentou a última rodada da primeira fase do Campeonato Baiano. O jogo realizado na Arena Fonte Nova foi o primeiro grande desafio da equipe de Vagner Mancini.
Primeiro tempo: Bahia 0 x 0 Vitória
Os 45 minutos iniciais foram caracterizados por muita marcação, poucos espaço para ambas as equipes e a boas atuações do goleiro (estreante) Caíque e do meia Tiago Real. O número 11 ficou responsável pela criação do time rubro-negro enquanto que o paredão fez ótimas defesas.
Mancini armou o Leão no 4-3-3 (alternando algumas vezes para o 4-1-4-1), formatação tática similar ao do rival. Amaral, Willian Farias e Tiago Real compondo a primeira linha, enquanto que Marinho, Vander e Robert construíram a linha ofensiva. Durante a primeira etapa os atacantes abertos invertiam suas posições, tramando jogadas com os laterais em muitas oportunidades.
As duas equipes adiantaram suas marcações, dificultando as investidas do adversário. Até os 30 minutos o Vitória “emperrava” na pouca criatividade para transpor o bloqueio do rival, apesar de jogadas ofensivas esporádicas (levando perigo ao goleiro Lomba). Nos últimos 15 minutos a marcação foi sendo recuada (algo comum pela queda de condicionamento físico), o que resultou em mais chances criadas, principalmente pelo rival.
Segundo tempo: Bahia 0 x 2 Vitória
Não é que a “lei do ex” é traiçoeira, principalmente em clássicos? O Rubro-Negro voltou com tudo nos 45 minutos finais e abriu o placar antes do primeiro minuto. Hayner saiu mal, a bola foi retomada e Vander estufou a rede do goleiro Marcelo Lomba. O time permanecia com a mesma formação, mas voltou com dois ingredientes a mais: atenção e objetividade.
O pupilos de Vagner Mancini passaram a trocar passes com mais inteligência, buscando espaços na defesa adversária. A linha defensiva se comportava com mais segurança, o que reduziu drasticamente a quantidade de oportunidades do Bahia. Mesmo as investidas do perigoso Edgard Junio foram anuladas em sua maioria.
Aos 14 minutos a “lei do ex” se fez presente mais uma vez. Em mais uma roubada de bola Tiago Real dá um belo chute e amplia o marcador para 2 a 0. O técnico Doriva fez substituições visando um time mais ofensivo, mas via o Leão dominante e tranquilo. Enquanto isso Leandro Domingues e Arthur Maia entraram nos lugares de Tiago Real e Marinho, visando uma maior posse de bola e administração do resultado.
Mancini passou no seu primeiro grande teste em 2016. Mesmo com um primeiro tempo emperrado no pouco espaço e mínima versatilidade, conseguiu trazer um time mais ligado no tempo final. Resta aguardar para ver como será o time após a entrada dos novos contratados.