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Boa 0 x 0 Vitória: A arte de ter a bola e não jogar

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Contra o Boa Esporte, Mancini completou cinco jogos no comando técnico do Vitória. Só conseguiu triunfar no Barradão, e longe de Salvador, foi derrotado pelo Paysandu e empatou contra o Oeste e Mogi Mirim. Pouco para quem quer subir.

Contra o Boa Esporte, não houve grandes alterações táticas. Repetiu o 4-1-4-1 do BaVi com alterações das peças. Saiu Escudero e entrou Vander. Amaral assumiu a vaga de Marcelo. Na lateral-esquerda, Mansur ganhou a posição de Diego Renan, por causa do cansaço muscular do BaVi.

O Boa Esporte resolveu jogar por uma bola. Ataque rápido e leve com Clebson e o ex-rubro-negro Kleiton Domingues. No meio de campo, três volantes e marcação individual nas principais peças do Vitória.

Jogo chato e amarrado. O time mineiro criou boas chances e poderia ter vencido. Já, o Vitória só acertou dois chutes e apesar de ter mais a bola, não criou.

Mancini tem uma estratégia clara: um jogo reativo, com um 4-1-4-1 focado em bolas longas para os atacantes e pouca posse de bola. Essa estratégia é certa com alguns adversários, porém a maioria dos times da série B é inferior tecnicamente ao Vitória.

Falta domínio de jogo. Avançar o time, ser mais ousado para buscar o resultado. Somente vencer em casa não garante acesso, somente permanência na série A.

Contudo, além da vontade de mudar do técnico, são necessários reforços. O atual grupo é limitado em quantidade, qualidade e versatilidade tática. Por exemplo, só David seria um meia centralizado.

A maratona na série B exige um elenco grande. Rotatividade nas peças garante mais força física. A entrada de Mansur no jogo de ontem foi devido ao cansaço de Diego Renan.

No sábado, o Vitória vai encarar mais um adversário fora de casa. Ainda sem Escudero, o time vai depender da estratégia paranista para vencer. Até quando?


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