Nesta segunda-feira (1), apesar do feriado, o dia foi repleto de notícias na Toca do Leão. O capitão Willian Farias foi o entrevistado da tarde e, além do assunto que ainda pautava as discussões (o 2º clássico Ba-Vi em sequência), o volante comentou também a recém-divulgada demissão do treinador Argel Fucks.
“Pegou a gente um pouco de surpresa, porque temos uma final quarta-feira. Nossa conversa foi de despedida, mas bem amigável. É um grande profissional, que a gente deseja sorte nos próximos trabalhos que ele vai ter. A gente apoiou até aqui, o momento que o clube achou que ele fosse nosso treinador. Agora a gente tem que apoiar e deixar o Wesley bem a vontade pra que ele possa desempenhar o trabalho dele e nos ajudar”, disse.
Ainda sobre o jogo do domingo, Farias, como de costume, foi bastante sincero, e comentou como o auxiliar Wesley Carvalho pode ter uma boa importância neste momento.
“Às vezes é difícil você corrigir em pouco tempo, mas eu acho que a gente não propôs o nosso jogo, foi uma falha nossa. Aqui, a gente sabe que não jogou bem, que o Bahia foi melhor e mereceu ganhar, não apontamos erros ou falhas individuais, de arbitragem ou de outras situações. Não só eu, como todos os outros jogadores assimilaram isso e viram que a gente não jogou tão bem. Isso é normal, infelizmente era num clássico, onde ninguém gosta de perder, mas é pouco tempo para se corrigir. É ver o que o Wesley vai passar pra nós. Talvez, olhando lá de cima por boa parte do campeonato, ele possa ter visto algumas falhas durante todo o campeonato, ou os pontos vulneráveis do Bahia, para que a gente possa sair de lá com uma boa vitória”, enfatizou.
Anteriormente, o capitão já havia falado sobre o profissional.
“Como auxiliar, é um cara que enxerga o jogo, acaba comentando alguns aspectos que a gente precisa melhorar. Nunca trabalhei com ele como treinador. A gente só conhece nos ‘trabalhinhos’ de campo. As orientações que ele passa pra gente em dia de jogo, que a gente tem que melhorar, olhando nossos pontos fracos, vamos dizer assim. E a gente aproveitando pra aperfeiçoar, durante o mesmo próprio jogo ou nos treinamentos. Vocês, o clube e a torcida conhecem mais ele, já que ele pôde atuar como treinador em outras situações. A gente tem que fazer nosso papel pra deixar ele bem à vontade. Hoje quem precisa de ajuda não é só o Wesley, não são só os jogadores, e sim a própria instituição. Todos precisam de ajuda. Se o Vitória estiver bem, todos vão estar bem também”, afirmou.
Willian Farias voltou a comentar a respeito do clássico, quando perguntado sobre a vantagem que o Vitória possuía antes da partida.
“A vantagem era mínima. Me perguntaram na saída do jogo, se a gente jogou pelo empate, pelo resultado que a gente tinha, mas é mínima. Quem joga e vive do futebol, que acompanha todo dia, a gente sabe disso. A gente não entra pensando em empatar. Eu acho que a equipe do Bahia foi superior, competiu mais, no meu ponto de vista, enxergando o jogo. Para você ganhar um clássico, você tem que ganhar os duelos particulares dentro do campo, e a gente perdeu a maioria deles, consequentemente o jogo”, disse.
Em seguida, voltou a ser questionado sobre a saída de Argel Fucks, e se isto fragilizaria o clube. Willian deixou claro que esta seria a última pergunta que responderia sobre a saída do treinador.
“Era o nosso comandante, é difícil. Só que, como eu falei… É a última pergunta que eu respondo do Argel, tá? Até porque, daqui a pouco ele vai tá indo, e quem vai tá comandando é o Wesley. Tem que virar a página. A gente apoiou o Argel até o momento que ele tava aqui, até o momento que a diretoria achou que ele deveria estar aqui. O Sinval já veio [questionando a assessoria]? Ele não veio ainda. Então, o Sinval vai falar a vocês porque que ele foi demitido, e as convicções que eles têm. A gente tem que ter as nossas, de grupo, porque temos um jogo quarta-feira, tem que dar moral pro Wesley. [Argel Fucks] Era o nosso treinador, o nosso líder, a gente apoiava e fazia o que ele pedia. Hoje, virando-se a página, nós vamos ver o que o Wesley tem para nos passar, e fazer o que ele pede, para que a gente, sim, se sinta fortalecido e possa vencer o jogo”, cravou.
Farias foi também questionado sobre a confusão pós-jogo, em que ele se manteve afastado, sobre qual foi sua reação naquele momento.
“Eu só fui dar os parabéns. Fui no Renê, no Régis, Eduardo… Fui lá, dei os parabéns. Foram melhores, mereceram. Guto também. Na hora da confusão, estava até dando entrevista, até fui atrapalhado pela confusão, e comecei a me afastar e acalmar o pessoal. Falei até com o Preto Casagrande para tirar o time deles. Enfim, eu só fui parabenizá-los pela vitória. Acabou ali, agora a gente já pensa no outro. É como eu falo, não temos tempo para comemorar e nem para lamentar”, disse.
O assunto, então, voltou a ser a torcida única. Farias foi direto, falando também do clima que cercou o jogo dentro de campo.
“Eu acho que é muito relativo, educação isso aí. Isso aí pra mim é educação, porque, como acabei de falar, fui o cara que estava apaziguando as brigas, não me envolvi. Respeitosamente, fui parabenizá-los. Alguns atletas, alguns amigos. Somos rivais num clássico que movimenta bastante a cidade, fui respeitá-los. Muito diferente do que alguns jogadores fizeram no hino nacional com a gente, achei um pouco de falta de respeito. Alguns amam isso, gostam disso, mas a minha conduta, a educação que recebi, não fazem parte disso. E, como eu falei, é questão de educação, as nossas ações ali dentro do campo. Em saber que nada vai se acabar ou vai acontecer ali, segunda-feira a gente tem que trabalhar. Eu, sinceramente, não dormi depois do clássico. Você fica pensando, lembrando dos lances, onde poderia ter melhorado, ter ajudado se você tivesse tomado essa ou aquela atitude. Alguma situação ou outra dentro do campo. Eu não dormi por causa disso, e não porque ninguém veio me cumprimentar, ou porque fui agredido nas redes sociais. Isso aí também é uma transferência de responsabilidade. Essa segurança, quem tem que passar é o governo, as outras entidades, e não que isso tenha sido determinante para que aconteça as outras brigas lá”, pontuou.
Por fim, o capitão foi novamente questionado sobre o respeito entre as duas agremiações, e preferiu ser breve.
“Faltou dos dois lados e ponto. A gente tá aqui para falar de futebol, quanto mais levantar esse assunto de briga, mais as pessoas desrespeitosas e sem educação vão estar se vangloriando amanhã, quando passar a matéria”, finalizou.
O rubro-negro volta a campo para mais um clássico Ba-Vi, já nesta quarta-feira (3), às 21h45, novamente na Arena Fonte Nova. Será o jogo de ida da final do Campeonato Baiano.
Garanto que Wesley seria uma das revelações como técnico e deveria ser efetivado no lugar de Argel.Ele conhece o elenco.Seria uma “aposta” para Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.
Nordeste já rodamos
agora eu deixaria ele comandar nessa duas finais do baiano para ver oque ele apresentaria
muita calma nessa hora….esse Wesley que vocês tanto pedem ganhou o que?
Eu abriria os cofres e traria Marcelo Oliveira
O cara treinou apenas cinco jogos e logo chegou Mancini.Temos que dar uma força á parta da casa e montar um plantel de respeito.
Willian Farias é muito bom jogador. Foi dele a bola na trave do primeiro BAxVI, além da marcação dura, mas sem deslealdade, ele tem postura de lider. O Vitória passou o jogo todo precisando de um só gol pra levar classificar com um empate, ou levar pro penaltys (depois do segundo gol), e outros personagens do jogo esqueceram o futebol, perderam um tempo enorme reclamando de árbitro, o time nervoso, parando o jogo com faltinhas, ou querendo fazer ligação direta, sem trabalhar a bola… e o resultado desse nervosismo foi o que o Patrick fez no segundo amarelo, na frente do juiz (e o time todo tava na frente, só tinha Cleiton Xavier e Patric atrás), sem falar na cotovelada de Kanu em Fonseca no primeiro jogo, na frente do juiz também, que poderia resultar em expulsão, dentre outros lances de nervosismo, de uma equipe sem concentração. Achei que Edson e Argel foram moleques, deram péssimo exemplo, e os reservas de ambos os times também, o que enfraquece o futebol da Bahia como um todo, diminui público nos estádios, e vai ainda fazer muito jovem de cabeça fraca arrumar confusão com o vizinho, com seus semelhantes. De “torcida mista” passamos a um clima de guerra, de desconfiança mútua com arbitragem… Enfim, sou torcedor do Bahia, mas tenho muitos parentes/amigos queridos que são Vitória, e gostaria muito de voltar ao esforço pela paz, que ambas as diretorias cortassem incentivos/apoios às torcidas organizadas, pois nenhuma vitória no esporte vale a vida do rapaz que morreu no primeiro BAxVI, ou de qualquer outra pessoa. Saudações tricolores aos amigos rubro-negros
valeu. Falou tudo!!