Início Colunas Extracampo #Diretoaoassunto: Camarotes, armengues, atrasos e política no Barradão

#Diretoaoassunto: Camarotes, armengues, atrasos e política no Barradão

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A ideia de novos Camarotes para o Barradão foi um dos assuntos mais falados durante a semana. O clube planeja investir cerca de R$ 2 milhões nas instalações que ficariam dispostas entre o gramado e a arquibancada, na mesma pegada da Vila Belmiro.

Esses camarotes esconderiam assim a chamada caixa de areia, aquela aberração que surgiu após a reforma do gramado para a Copa do Mundo. O custo de implantação de grama sintética no espaço gira em torno de R$ 400 mil. O clube achou caro.

Nessa brincadeira o sonho da Arena Barradão fica cada vez mais distante. Ora, após investir R$ 2 milhões em camarotes, quando vão pensar em derrubar pra fazer outro estádio?

E outra, cadê essa torcida que vai tornar esses camarotes rentáveis? Um levantamento do próprio Arena Rubro-Negra revela que em 2015 o Vitória tem uma média pífia de poucos mais de 6 mil torcedores por partida.

Fica ainda mais difícil atrair torcedores quando se aumenta para R$ 20 o preço cobrado pelo estacionamento do estádio. O clube diz que é uma medida para atrair sócios, já que estes pagarão somente os R$ 10 habituais.

Há quem discorde até dos R$ 10, sob o argumento que o preço não vale pelo serviço. Insegurança, iluminação deficitária e o assédio de ambulantes e cambistas estão entre as reclamações dos usuários.

Talvez o clube não tenha percebido, mas existem necessidades que requerem mais atenção do clube do que sonhar com camarotes, como recuperar o gramado dos campos de treinamento, evitando o deslocamento semanal ao estádio de Pituaçu.

Se essa não for uma prioridade, acredito que a Via Expressa deva ser. Ou não, já que raramente o clube cobra da Conder uma posição. Um novo edital para a construção da via foi lançado, recomeçando todo o ciclo. Haja paciência!

Outro prioridade, talvez esquecida, é a de pressionar a Prefeitura para a melhoria da iluminação dos trechos entre o estacionamento/paradas de transporte público e a entrada do Barradão. Não há quem não se incomode.

​Mas se pensarmos que nem mesmo dentro do estádio há uma iluminação interessante, podemos tirar uma conclusão sobre o conceito de prioridade para o clube.

​Claro que nada disso minimiza o trabalho do marketing. No BaVi, por exemplo, pela primeira vez o Barradão teve um sistema de som que fosse além da reprodução de hinos. Ponto pro marketing.

Também estão pensando em reformar banheiros e lanchonetes, além de ampliar aquele camarote acima das cadeiras, antigo espaço cativo dos conselheiros. Obras paliativas. Necessárias, porém paliativas.

O problema é que tudo isso, camarotes, sistema de som, estacionamento, iluminação, transporte público, infraestrutura de acessos, banheiros e lanchonetes fazem parte de uma realidade que o clube parece fugir, que é a da modernização do seu maior patrimônio.

Parece que esquecem que a oposição caminha no sentido inverso. Fábio Motta, principal nome dela, defende com unhas e dentes o projeto de uma arena moderna, sem deixar a torcida esquecer de sua paternidade à via expressa.

Mota, que é do PMDB, provável futuro do prefeito ACM Neto (DEM), deve ter cochichado no ouvido do gestor municipal sobre a necessidade de agradar o Vitória após o pagamento de Transcons ao Bahia pela sua extinta sede de praia.

Corre nos bastidores a informação de que o prefeito pensa em ceder um terreno no entorno do Barradão para o Vitória expandir seu estacionamento. Um presente e tanto, diga-se de passagem.

No fim das contas, as promessas patrocinadas pela gestão atual no Vitória seguem a mesma linha de atraso das anteriores. Não a toa eram aliadas. Troca um gramado daqui, um telão de segunda mão dali, umas catracas eletrônicas aca, um curralzinho pros visitantes acolá, e nós permanecemos inferiores e defasados perante o futebol brasileiro e mundial.

Haja paciência!


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3 COMMENTS

  1. Eu faço parte daqueles que pensam que o nosso Barradas ja deu o que tinha que dar. Inumeras formam as vezes em que peguei um onibus da Pituba até o Barradão, muitas vezes para ver o Vitoria ganhar, mas também perder. Em baixo de chuva, à noite, com falta de luz, sozinho ou com amigos. Ja tive até direito a ser assaltado dentro do onibus no Retiro. Enfim…Isso foi nos meados dos anos noventa( 95, 96) e eu fazia de tudo para acompanhar o nosso time. O Barradão era sagrado pra mim, como para milhares de rubro negros. Mas verdade seja dita, o nosso estadio parou no tempo. Na verdade ele nunca avançou. As instalações são velhas o acesso é ruim(mesmo com a futura via expressa), os armengues são por toda parte e hoje ele não passa de um mito. Não adianta ficarmos alimentando um “carvão molhado”. O Vitoria deveria negociar com o governo uma troca pelo estadio de Pituaçu, melhor localizado e mais viavel à ser modernizado ou quem sabe uma assinatura com a Arena Fonte Nova. O que o Vitoria não pode é ficar parado no tempo, imaginando e alimentando a ilusão de transformar um dia o Barradão em uma arena moderna.

    • Boa noite depois de ter um estadio, fazer contrato com arena ? o problema nao e distancia, pois ja se provou que se fizer um time bom, ganhar titutos a torcida comparece,o problema e que essa direçao que ai esta e pura imcompetenci . O futuro moderno esta ali, falta gestao seria.

  2. Sugiro que os camarotes sejam colocados a disposição de quem tiver interesse em migrar para o Plano diamante que foi extinto, definido um valor do mesmo e, colocando a disposição estacionamento e, se possivel uma catraca independente,.
    Grato
    silva góes