Início Colunas Extracampo Direto ao Assunto: Tem muito “vampiro” atrás de sangue rubro-negro

Direto ao Assunto: Tem muito “vampiro” atrás de sangue rubro-negro

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O Vitória Sangra. Essa deve ser a frase mais dita nos últimos três ou quatro meses. Não deixa de ser uma verdade, mas é o principal precedente para o aparecimento de muitos “vampiros” – sem ofensas, por favor.

Mergulhado em crise, o Vitória de Ivã de Almeida é aquilo que o próprio presidente demonstrou ser durante a campanha: frágil, inseguro e perdido. E os erros da gestão são, obviamente, as mais eficazes munições para seus adversários.

No almoço que reuniu os opositores de Ivã, realizado na semana passada, haviam garrafas de vinho nas mesas, em subjetiva alusão ao sangue que derrama do prédio administrativo do Barradão.

A verdade é que ali, onde se anunciam abnegados, defensores apaixonados pelo Vitória, existem pessoas que carregam nas costas a dura dor da saudade… do poder.

Ex-presidentes, diretores, conselheiros, pessoas que passaram muitos anos dentro do clube e protagonizaram momentos iguais ou piores do que os que estamos vivendo agora. Pessoas que não se conformam em ter perdido democraticamente o poder que um dia lhes pertenceram.

Perdido. É a terceira vez que essa palavra aparece no texto, porque é a definição de um clube que, em quase sete meses de uma gestão parcialmente renovada, não conseguiu ao menos entrar nos trilhos.

E também porque é como se apresenta o futuro do presidente Ivã de Almeida, para a alegria das pessoas que usam do que lhes restou de influência para repetir o que assistimos recentemente na política nacional: retirar um presidente de um cargo legítimo e colocar lá alguém que lhes represente, ou que represente seus interesses.

E se todos as semelhanças não forem suficientes para tal comparação, eis um destaque para uma famigerada e não degustável frase, dita por um ex-dirigente durante o tal almoço de opositores:

“precisamos estancar a sangria”

O Vitória sangra. E nesse deserto onde soluções mais parecem miragens, o maior risco está em fazer a única pergunta possível para o momento: e agora, quem poderá nos defender?

Estejam atentos.


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