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Manifesto ao direito do sócio pelo estacionamento no Barradão

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Pense rápido: imagine pagar R$ 40 mensais em um plano de sócio torcedor, que te atrai aos jogos do seu time em casa, se neste mesmo mês você, mesmo sendo sócio, pagará mais R$ 40 para deixar seu carro no estacionamento do estádio do seu clube nos prováveis quatro jogos que o seu time faça. Imaginou?

Pois bem, é por essa situação que passam os poucos (e muito poucos) associados ao Sou Mais Vitória, ao optar estacionar seus veículos no Barradão. O problema em si, apontado pela torcida, não é o valor cobrado, mas a desvalorização do sócio neste processo, uma vez que ele paga o mesmo preço e disputa as mesmas vagas com não-sócios e até torcedores rivais.

A questão do estacionamento é só mais uma na lista de diferenciais que deveria fazer parte da realidade do sócio torcedor rubro-negro. Mas por questão de justiça, é importante frisar que se existe algo que realmente mudou no Vitória em relação ao início desta temporada com a do ano passado, é o tratamento do marketing com os associados.

Sobre a direção de Ricardo Davi e a gerência de Anderson Nunes os Sou Mais Vitória passaram a ganhar alguns mimos, coisas simples que os antigos gestores não tiveram “condições” (competência? boa vontade?) de implantar.

Soube que a dificuldade em viabilizar uma possível vantagem no valor do estacionamento aos sócios se encontra no custo de operação do mesmo. Mas questiono: que custo? Por alto também tomei conhecimento de um projeto que prevê implantação de catracas eletrônicas, visando o controle de acesso e arrecadação. Projeto atualmente inviável aos cofres do clube.

Penso, talvez equivocado, que alguns cones e correntes plásticas podem separar uma parte do estacionamento, reservando “x” vagas limitadas aos sócios, com acesso por um dos dois portões mais próximos ao dos conselheiros, que só são utilizados ao fim do jogo. Com isso se garante o controle de arrecadação exclusiva e se cobra o valor o que quiser, ou até valor nenhum, o que seria muito justo.

Torcedores vão além e questionam inclusive o atual custo benefício do local. “Asfaltaram, mas a iluminação continua péssima. E quem garante nossa segurança? Eu que sempre espero meia ou uma hora após o jogo para não encarar o engarrafamento, encontro o estacionamento vazio, sem nenhuma segurança”, relata o torcedor Humberto Oliveira.

Já Rigó Lopes perdeu a paciência e abandonou o local. “Deixava meu carro lá pra ajudar ainda mais o clube. Durante as das obras, que eles não pensaram em ajudar o torcedor, desisti. A gente chega, tem cambista. Sai, não tem segurança. Muita falta de respeito”, desabafa.

Não passa pela minhas cabeça pedir que o torcedor não utilize um serviço do clube, mas há de se pensar em diversas formas de cobrar esse direito, seja em manifestações pacíficas, buzinaços, faixas, ou até a medida citada inicialmente, já tomada por diversos rubro-negros. Levantamos o manifesto, agora é colocá-lo na rua. Vamos nessa?


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