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Precisamos de mudanças e já temos por onde começar: o fim do Conselheiro Nato

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E o que todos nós rubro-negros esperávamos, aconteceu. Após 16 anos, o Vitória é rebaixado pela segunda vez a terceira divisão do futebol brasileiro. Antes, durante e especialmente depois da partida derradeira contra o Vila Nova, o torcedor rubro-negro provou que não abandonará a instituição, numa linda prova de amor. Esse detalhe me emocionou muito ao acompanhar o jogo na bancada do nosso Barradas.

Porém, vamos ao fato: Os culpados de mais uma catástrofe administrativa nós estamos cansados de saber. Porém, culpar o processo democrático é de uma canalhice sem precedentes.

Emprenhados pelos ouvidos por intermédio dos principais responsáveis pela maior crise da história do Esporte Clube Vitória, torcedores acreditam que a recente democracia rubro-negra é o estopim de tudo. Segundo esses incompetentes gestores, a democratização deu espaço para aventureiros comandarem o rubro-negro. Hoje amargamos mais um descenso a Série C sob a batuta desses experientes e abnegados gestores. E agora, José?

A democracia abriu o clube e deu oportunidade ao sócio votante escolher quem gere as principais instâncias do clube (Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Conselho Diretor). Certo ou errado, o sócio precisa entender que tem parcela de responsabilidade nas escolhas e nas consequências dela para o futuro da instituição Vitória. Particularmente, é uma injustiça colocar a culpa na democratização do clube. Pra mim, uma visão ordinária e rasa.

Aos verdadeiros culpados por mais essa mácula na história do Vitória: Enquanto existir esta benfeitoria maldita chamada conselheiro nato, concedida a aqueles que são eleitos presidentes, o clube não irá se desenvolver / profissionalizar nunca. As mesmas pessoas se utilizam de influência política para seguirem fazendo do clube um tabuleiro de damas, onde eles jogam a seu bel-prazer e ditam as regras desse jogo sujo ao seu modo.

Há males que vem para o bem. A dolorosa sangria provocada por essa situação será crucial para o amadurecimento democrático por parte da torcida leonina. Após o jogo contra o Vila Nova, tive a oportunidade de conversar com muitos torcedores, especialmente os mais jovens, sobre a responsabilidade que eles tem para com o futuro do clube. Serão fundamentais para a verdadeira reconstrução do ECV numa luta que será bem árdua.

A nossa torcida merece todo amor, carinho e principalmente, respeito!


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