Falando após a partida em coletiva de imprensa, o técnico Vagner Mancini comentou sobre alguns temas do jogo, dando ênfase à oportunidade dada aos garotos da base na vitória diante do Jacobina, por 2 a 1. Ele começou analisando a partida, comparando-a ao jogo da última quarta-feira (28), contra o Bragantino.
“Na quarta-feira a gente enfrentou um time forte fisicamente, que usava muito o jogo aéreo. O jogo de hoje foi contra uma equipe que luta contra o rebaixamento, jogou todas as suas fichas e dificultou ao máximo. O Vitória vencia por 1 a 0, jogava bem, teve a chance de fazer o segundo ou o terceiro gol, e, de certa forma, acabou levando o empate num lance de bobeira. O Jacobina tinha apenas um jogador dentro da área. Foram jogos diferentes, alguns erros apresentados também foram diferentes. Hoje eu vi uma linha de meias com Nickson, Jhemerson e Neilton jogando bem, a entrada do Luan também agradou muito. Saio satisfeito com a vitória, mas acima de tudo atento com tudo que está acontecendo, com os ajustes que teremos que fazer”, disse.
A atuação dos mais jovens, que vêm tendo suas primeiras oportunidades no time profissional, foi novamente destacada pelo técnico rubro-negro.
“O Nickson teve a oportunidade de jogar comigo, se não me falha a memória, em 2016, mas já estava no elenco em 2015. É um cara mais maturado, que entende o que eu peço em termos táticos. O Jhemerson vem comigo há quase um ano. O Luan ficou cerca de 20 dias apenas, mas é um atleta muito bem recomendado pelo João Burse, técnico do sub-20, e no dia a dia você vai vendo que o atleta vai melhorando, entendendo o que vai sendo passado. Hoje ele mostrou no jogo, entrou como se isso fosse normal pra ele. Não é fácil entrar num jogo onde você tem que ganhar a partida, e ele é um atleta que joga numa função onde normalmente tem que se expor no jogo, e foi muito bem. Fico feliz por isso. Muita coisa ainda tem que ser feita, alguns posicionamentos ainda errados, às vezes ele fechava demais e tinha que estar aberto, exatamente para que a gente fluísse mais pelas laterais do campo, mas é algo que não muda nada a atuação dele, que foi muito convincente”, elogiou.
O treinador também comentou as mudanças que tem sido obrigado a fazer na equipe, devido aos desfalques, e as consequências trazidas por isso.
“Sempre que você faz alguma alteração na equipe, tem alguma perda. O automático no futebol também te traz força, o fato dos mesmos atletas entrarem, às vezes você perde em desgaste físico, mas está maturando a tua equipe taticamente. A gente viu a entrada de jovens que foram muito bem na partida, mas a equipe perdeu a consistência ofensiva. Hoje eu vi um jogo um pouco diferente, saí satisfeito diante daquilo que vi, mas certo que a gente vai ter que fazer alguns ajustes. É uma turma que vem e que vai ter que jogar, porque eu não sei quando vou ter os atletas que foram suspensos no campeonato. Também temos a Copa do Nordeste. Todos os atletas têm que estar aptos a entrar”, destacou.
Mancini ainda foi questionado sobre a entrada do zagueiro Walisson Maia, além da modificação na dupla de volantes, com Lucas Marques e José Welison.
“O Walisson Maia, até porque eu não sabia se teria o Kanu, e queria dar um pouco de jogo a ele, assim como queria ver uma dupla de volantes com Zé Welison e Lucas [Marques]. O Welison tem, além da facilidade de jogar no meio-campo, também é um atleta que posso utilizar na direita, assim como o Lucas. Se entrasse com Uillian Correia e Ramon, eu não teria a chance. Foi opção minha. Na quarta-feira talvez a gente faça outras mudanças. É importante que no jogo de quarta tenhamos outras peças, que estejam aptos a entrar e jogar, sem que a gente perca tanto em termos de conjunto”, finalizou.
O Vitória volta a campo na próxima quarta-feira (7), às 21h45, diante do Fluminense de Feira, no Joia da Princesa, pela última rodada da fase de classificação do Campeonato Baiano. O rubro-negro lidera a competição, com 19 pontos, e busca jogar com vantagem nas semifinais.