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Discurso x realidade: Vitória convive com elenco curto e improvisação

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Lucas Esteves
Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

Está claro para todo mundo. O Vitória está sofrendo com a quantidade de jogadores no elenco e o novo técnico Thiago Carpini vem efetuando improvisações com frequência em busca do melhor rendimento da equipe.

Lateral-direito jogando na lateral-esquerda (Raúl Cáceres), lateral-esquerdo jogando como ponta esquerda (Lucas Esteves), volante jogando de lateral (Léo Naldi), volante jogando de zagueiro (Caio Vinícius)…Essas são algumas mudanças que têm sido frequentes no Leão. Além disso, o número curto de atletas de linha a cada jogo também não facilita ao técnico na hora das alterações.

A situação é um contraponto ao discurso da diretoria que, desde o início do ano, reafirmou com frequência de que o Leão teria três jogadores por posição para a disputa da temporada. O que não acontece em, praticamente, todas as posições. Exceto o goleiro, o Vitória só tem três atletas na linha nos casos de volantes (Luan, Rodrigo Andrade, Dudu, Léo Naldi, Willian Oliveira e Caio Vinícius) – neste caso, pensando em dois volantes em campo, não três, como tem acontecido na prática, e meias (Matheusinho, Jean Mota e Daniel Júnior).

Fora isso, o que assistimos é a dificuldade na montagem da equipe, considerando também os problemas médicos ou de suspensões e o desgaste físico dos atletas com a sequência de jogos.

Outro dado que incomoda é que o Vitória já contratou 25 jogadores este ano e, inclusive, de posições que hoje são carentes no elenco. Como zagueiro destro, que hoje o Leão coloca volantes e laterais na posição, o elenco profissional tinha o colombiano Christian Zapata e João Victor no elenco. Na lateral-esquerda, o Vitória tinha Felipe Vieira, recuperado de lesão, que poderia contribuir, mas que foi liberado para procurar outro clube. No ataque, o Vitória teve o centroavante Léo Gamalho disponível por alguns momentos no ano como centroavante, enquanto o Leão vivia uma seca de gols de atacantes, mas o atleta não foi usado e também já foi liberado.

Se as decisões acima foram com base o ponto de vista financeiro, o Vitória poderia ter segurado na Toca do Leão atletas da base, que não geram custos a mais ao clube para, pelo menos, treinarem com o profissional e irem ganhando experiência. Na hora da necessidade, poderiam ser utilizados.

Ao final, o que se vê é um elenco curto e, até certo ponto, remendado para enfrentar adversários duros na Série A. Não era isso que a torcida do Vitória merecia.


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